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Cultivo do abacaxi é favorecido pelo clima no norte da Bahia

Globo Rural

 Agricultores do norte da Bahia estão apostando no cultivo do abacaxi. A lucratividade da lavoura supera as expectativas.
Irapuã Cortez tem 25 hectares plantados com abacaxi em Ourolândia, no norte da Bahia. A fruta está grande, em ponto de colheita e o produtor que há quatro anos resolveu trocar a criação de gado pelo cultivo do abacaxi, conta que vem obtendo bons resultados.

A lavoura de Irapuã é de sequeiro, como a maioria nas propriedades da região. São registrados, em média, 700 milímetros de chuva por ano, menos da metade do que geralmente a cultura precisaria, por isso, o agricultor faz uma cobertura com plantas mortas para ajudar a manter a umidade da terra. O solo também colabora para o bom desenvolvimento da fruta.

Os municípios de Ourolândia e Umburanas estão entre os maiores produtores da fruta no estado. Duzentos e cinquenta agricultores colhem, todos os anos, mais de 70 mil toneladas da fruta.

Normalmente duas safras são colhidas por ano, mas têm produtores que colhem o ano inteiro. Em uma outra fazendo são colhidos 100 mil abacaxis por mês, com uma média de 30 mil frutos por hectare.
Isso só foi possível porque o produtor está investindo em técnicas de manejo do solo sob a supervisão de um agrônomo. Natalino Pereira conta que já trabalhou com muitas outras culturas, mas viu só no abacaxi a possibilidade de bons lucros. “Nós queremos buscar esse mercado que está carente. Estamos insistindo nisso”, diz.
O investimento elevou os custos de produção, mas o agricultor está tendo retorno. Ele está vendendo cada fruta por até R$ 1,50, 60% a mais do que conseguia antes.
O abacaxi produzido na região é vendido para o Ceará, São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina.
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