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Notícias / Agricultura

Plantio da soja está atrasado em 19 p.p.; Setor produtivo está preocupado

Da Redação - Viviane Petroli

 O plantio da soja em Mato Grosso está 19 pontos percentuais (p.p.) atrasado em relação ao ciclo passado. Até o dia 6 de novembro o estado havia semeado 66,9% dos 8,8 milhões destinados à oleaginosa. Mesmo trabalhando em turnos dobrados, o setor produtivo revela preocupação em torno da semeadura, bem como problemas com uma futura colheita concentrada.

A revelação do andamento do plantio da soja é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que aponta o Médio-norte como a região mais avançada com 79,6% de seus 3,03 milhões de hectares semeados.Entre os municípios o maior avanço é verificado em Sorriso e Ipiranga do Norte com 88% de suas respectivas áreas.

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"Houve uma aceleração no plantio, em decorrência a turnos dobrados. Isso ajudou a minimizar o atraso, porém ainda estamos atrás do desempenho da safra passada. Teremos problemas futuros com uma colheita concentrada e com chuva", comentou o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Ricardo Tomczyk, em São Paulo (SP), à reportagem do Agro Olhar, onde participou do Seminário Soja Plus.

Conforme o presidente da Aprosoja-MT, o plantio do milho será intensificado no Estado. Tomczyk salienta que há probabilidade da área do milho permanecer a mesma da safra 2013/2014, quando 3,222 milhões de hectares com o cereal foram semeados. “Uma coisa é certa, vamos adentrar novamente março plantando milho. A produtividade do cereal vai depender do clima, porém um pouco de perda sempre há quando se passa da janela ideal do plantio”.

O atraso do plantio decorrente a falta de chuvas no início da semeadura e a falta de segurança nas propriedades rurais, visto os constantes assaltos, foram as principais preocupações apontadas pelos produtores de Mato Grosso durante o Circuito Tecnológico – Etapa Soja, realizado no mês de outubro. De acordo com a Aprosoja-MT, as equipes que percorreram as lavouras mato-grossenses constataram estágios de plantio diversificados.

Outra preocupação dos produtores são quanto as doenças, em especial a ferrugem asiática e a Helicoverpa armigera. Em Mato Grosso, conforme o Consórcio Antiferrugem, possui oito casos de ferrugem asiática confirmados, enquanto no Brasil chegam a 31 focos.
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