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Notícias / Economia

Dólar fecha em queda após medidas fiscais e dados da China

G1

 Moeda norte-americana caiu a R$ 2,6150, após ter subido na véspera.
Medidas anunciadas pelo governo na véspera agradaram o mercado.

O dólar recuou em relação ao real nesta terça-feira (20), refletindo a reação positiva do mercado às medidas fiscais anunciadas pelo governo e o alívio nos mercados globais após a economia da China desacelerar menos que o esperado. Também ajudava um movimento de correção, após a expressiva alta da véspera, segundo especialistas, informou a Reuters.
A moeda norte-americana recuou 1,54%, a R$ 2,6150 na venda, após ter subido mais de 1% na véspera.

"Com essa história de crescimento da China e de aperto fiscal aqui, o mercado acordou de bom humor", afirmou à agência o diretor de câmbio da corretora Pioneer, João Medeiros.

Na véspera, o governo anunciou quatro medidas tributárias que devem elevar a arrecadação neste ano em R$ 20,63 bilhões. O pacote reforçou a perspectiva de maior rigor fiscal, em meio ao quadro de inflação alta e crescimento baixo, afastando ainda mais as dúvidas sobre o comprometimento do governo com o ajuste das contas públicas.

O bom humor era sustentado também pela surpresa positiva em relação ao crescimento econômico da China no quarto trimestre do ano passado, que desacelerou menos que o esperado. Embora o resultado para 2014 tenha ficado abaixo da meta do governo, o indicador animou investidores, alimentando a demanda por ativos de maior risco, que já vinha elevada devido a expectativas de mais estímulos na zona do euro.

Investidores no mercado doméstico também aproveitavam o quadro favorável para corrigir excessos da véspera, quando o dólar saltou diante da ameaça de racionamento de energia, mais um obstáculo para a cambaleante atividade econômica brasileira.

Na véspera, o dólar fechou em alta de 1,33%, a R$ 2,6560 na venda. "Ontem, o dólar subiu um pouco no vazio e, com o mercado mais cheio, é normal dar alguns passos para trás", disse o gerente de câmbio da corretora Tov, Celso Siqueira.

Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às atuações diárias, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 1,1 mil contratos para 1º de setembro e 900 para 1º de dezembro, com volume correspondente a US$ 98,4 milhões.

O BC fez ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de fevereiro, que equivalem a US$ 10,405 bilhões, vendendo a oferta total de até 10 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 61% do lote total.

Bovespa
O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, subiu 0,25%, aos 74.876 pontos nesta terça-feira, com a reação positiva ao pacote de medidas fiscais na véspera para colocar as contas públicas em ordem, e as ações da Petrobras em alta. A alta perdeu força, porém, por causa de persistentes preocupações com o fornecimento de energia no país e a queda das bolsas norte-americanas.
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