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Moradores do Nortão em Mato Grosso já reforçam o abastecimento devido a bloqueio

De Sinop - Alexandre Alves

 Com o receio de que o protesto dos caminhoneiros – iniciado nesta quinta-feira de manhã em várias rodovias do país – cause desabastecimento no Nortão de Mato Grosso, vários moradores já se anteciparam e estão se preparando. O movimento aumentou nos postos de combustíveis desde a noite desta quarta-feira.

Conforme fontes do Agro Olhar ouvidas há pouco, a maior preocupação é com a provável falta de combustível e também de material de construção, como ocorreu na paralisação nacional dos motoristas feita no mês de fevereiro.

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O frentista Osmar Silva disse à reportagem que ainda não houve filas no posto em que ele trabalha, na região central de Sinop, mas já é possível perceber um aumento na procura por gasolina. “O ritmo de abastecimento está maior que nos dias anteriores e todos estão enchendo o tanque”, contou.

Em uma loja de material de construção, o gerente de vendas Marcos Dias comentou que, desde ontem, a procura por cimento também está acima da normalidade. “Tem muita gente construindo e eles não querem ver a obra parada. Então várias pessoas compraram em grande quantidade, pois em fevereiro faltou cimento”.

Nos supermercados ainda não há reflexo do receio da população com o desabastecimento. O gerente de setor André Cavancanti disse que a empresa em que ele trabalha tem bastante estoque e , assim como na paralisação de março, acredita que não haverá falta de produtos nas gôndolas.

Os caminhoneiros estão bloqueando vários trechos de rodovias em Mato Grosso e em outros estados, protestando contra a falta de uma tabela que obrigue a contratação de frete por um preço mínimo por quilômetro rodado. Aduzem que, atualmente, os custos são altos e os preços pagos pelo mercado não permitem a realização de lucros.
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