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Pouca chuva em julho favorece a colheita da cana, aponta Climatempo

Climatempo

 A estimativa para a safra de 2015/2016 de cana-de-açúcar, divulgada no final de maio pela UNICA – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, apresenta dados favoráveis para a agricultura. Só no centro-sul, região responsável pela safra atual (iniciada em abril e com término em novembro), a estimativa é que a moagem atinja 590 milhões de toneladas, número que indica um crescimento de mais de 18 milhões, em comparação com a safra anterior, de 2014/2015.

Ainda de acordo com a UNICA, a estimativa de crescimento de 3,3% na safra da cana-de-açúcar acontece devido a um único fator: a melhora nas condições climáticas em São Paulo, que é o principal estado brasileiro cultivador de canaviais.

Essa planta, para gerar uma safra saudável, requer atenção especial sobre o clima em cada etapa do seu cultivo, ou seja, é importante sincronizar a plantação, o crescimento, a maturação e até a colheita com determinadas estações do ano, de modo que ela não sofra com a umidade excessiva.

Quando plantada no centro-sul, região onde se baseia a estimativa da UNICA, o processo de colheita, por exemplo, exige pouca chuva. “O fator climático que mais pode prejudicar essa etapa é a chuva acima da média, visto que 90% das colheitas são feitas de forma mecanizada e, com muita água, as máquinas não podem entrar no canavial para não causar alagamento e danos à plantação”, alerta o diretor técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues.

Diante disso, o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento, comparou a previsão de chuva dos próximos três meses (junho, julho e agosto), com os registros do mesmo período do ano anterior, e concluiu que as previsões são favoráveis aos produtores.

“Esse inverno não será muito diferente do último, mas o clima estará ainda mais seco, principalmente neste mês de junho”, diz Alexandre, que também informa que pouca chuva é esperada no mês de julho, e a maior parte dela deve concentrar-se na região noroeste do estado. Quanto ao mês de agosto, não há indícios de precipitação, e o litoral norte deve ficar ainda mais seco que o ano anterior.

Frente a essa previsão, o diretor técnico Antonio de Padua afirma que “se o clima ficar dentro da média histórica, podemos alcançar o número estimado e ter melhor desenvolvimento na colheita, mas pode ser que tenhamos que estender esse processo”. Além disso, Antonio ressalta que a produtividade agrícola possa ser até maior que a prevista pela ÚNICA.
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