Burocracia na titulação de terras, liberação de financiamentos, e na emissão de licenças para obras de logística, por exemplo, são alguns dos empecilhos que travam a expansão agrícola no país, segundo o deputado federal Adilton Sachetti (PSB). “A legislação brasileira acaba impedindo o aumento da produção agrícola”, disse.

Sachetti também abordou, em pronunciamento na Câmara dos Deputados, que indefinições sobre demarcações indígenas embaraçam o desenvolvimento de uma região. O deputado criticou, por exemplo, o atraso na conclusão da pavimentação da BR-158. Um dos motivos, segundo o parlamentar, foi a necessidade de se incluir um desvio de mais de 100 quilômetros, a fim de se contornar uma reserva indígena.

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“Mas eu pergunto, por que não viram isso antes? Quem é que vai pagar essa conta? Quanto tempo isso vai demorar?”, questionou Sachetti. O deputado mato-grossense ainda pontuou a lentidão na pavimentação de 130 quilômetros da BR-163, no trecho entre Sinop e o Porto de Miritituba, em Itaituba (PA). A obra se ‘arrasta’ há pelo menos cinco anos.

Adilton reiterou que é preciso desburocratizar a legislação, para que o agronegócio continue sustentando o país. Conforme o parlamentar, últimos anos, principalmente em Mato Grosso, a agricultura vem contribuindo de forma expressiva para o saldo da balança comercial brasileira.

“Enquanto o Brasil fechou 2014 com quase US$ 4 bilhões de déficit, Mato Grosso encerrou o mesmo período com superávit próximo a US$ 14 bilhões. Nos últimos 15 anos, a produção das três principais culturas – soja, milho e algodão – passou de 13 milhões de toneladas para 50,4 milhões de toneladas. Um crescimento de quase 400%”.