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Notícias / Agronegócio

Soja lidera exportação brasileira no 1º semestre com mais de US$ 12 bilhões

De Sinop - Alexandre Alves

A soja em grãos registrou o maior valor de exportação brasileira entre janeiro e junho de 2015, somando US$ 12,5 bilhões para a balança comercial, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (Mdic), divulgados na quarta-feira (1). Mas, apesar da liderança entre as commodities, houve queda de 22,5% no faturamento em relação aos US$ 16,1 bi enviados ao exterior no mesmo período de 2014.

No acumulado do ano, as exportações atingiram US$ 94,329 bilhões e a contribuição da oleaginosa foi de 13,25%. Os embarques de soja superaram as exportações de minério de ferro (US$ 7,1 bi) e de petróleo bruto (US$ 6,3 bi), que são os principais ítens da pauta de exportação do Brasil.

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Dentre os produtos do agronegócio que tiveram desempenho positivo no primeiro semestre de 2015 estão os laminados planos. As vendas externas desse produto alcançaram US$ 881 milhões, com crescimento de 61,6%. Os laminados planos são frequentemente utilizados pelo setor de construção civil e de movelaria.

Já as vendas de algodão em bruto cresceram 38% no primeiro semestre de 2015, somando US$ 379 milhões em exportações. A desvalorização do real, combinada à valorização do preço do algodão, permitiu a venda dos estoques brasileiros. Entre janeiro e junho o indicador de preços do algodão, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), apresentou valorização de 26,1%.

Os principais destinos das exportações foram China, US$ 18,4 bilhões, União Europeia, US$ 17 bi, EUA, US$ 12 bi e Mercosul, US$ 10,4 bi. Ao contrário dos principais destinos, os EUA ganharam participação nas exportações brasileiras, em relação ao mesmo período do ano passado.

Desde março, o saldo acumulado da balança comercial tem sido positivo. Essa é, também, a primeira vez, desde 2012, que o país apresenta superávit comercial no primeiro semestre. O desempenho da balança tem sido influenciado por uma queda de 18,5% nas importações, que alcançou US$ 92,1 bilhões, enquanto as vendas externas somaram US$ 94,3 bi.

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