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Notícias / Agronegócio

Kátia Abreu vê maior exigência para crédito rural por causa da crise

Estadão

 A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou nesta terça-feira (25) que os bancos podem estar mais exigentes na concessão de crédito em função do cenário econômico. Segundo ela, além dos problemas domésticos, há ainda a crise na China e esse quadro "sensibiliza" as instituições. "É normal que os bancos privados fiquem mais exigentes nesse cenário", afirmou. O setor produtivo, os bancos e a ministra se reuniram nesta terça para avaliar o acesso ao crédito rural neste ano-safra.

Kátia Abreu ponderou que os preços das commodities têm caído, mas que ainda assim o Brasil continua a vender para o exterior. Na avaliação da ministra, assim como em julho, quando o crédito rural mostrou expansão de 32% na comparação com igual mês de 2014, o aumento da contratação de financiamentos deve se repetir em agosto. "O setor produtivo decidiu esperar mais 30 dias para ver se a tendência de aumento continua", relatou.

A ministra ponderou, ainda, que os bancos brasileiros seguem as regras de Basileia e que por isso há níveis de risco para cada cliente. Os limites de cada um são definidos com base nessas avaliações de risco e, por isso, alguns produtores podem ter ficado com o limite menor. Ela relatou que no Rio Grande do Sul os produtores de arroz têm se queixado, mas que a situação deles está sendo estudada. Ela ressaltou que os bancos privados podem estar mais exigentes, mas que não cabe ao governo interferir e pedir que sejam menos criteriosos.

Queixas

Os produtores reclamaram de dificuldades e apresentaram durante a reunião casos de associados de entidades que não conseguiram acessar os recursos. As instituições financeiras, em contraponto, afirmaram que os casos são pontuais, citando dados que mostram elevação de 32% nas contratações na comparação entre julho de 2015 e igual mês do ano passado - o primeiro mês do atual ciclo produtivo.

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