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Bancários seguem com ameaça de greve; deflagração será decida em negociações desta sexta

Da Redação - André Garcia Santana

 Diante da falta de propostas que atendam as reinvindicações dos funcionários, o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro em Mato Grosso (Seeb - MT), José Guerra, alerta a população para a possível deflagração de uma greve nacional dos bancos. A paralisação dependerá do resultado de mais uma rodada de negociações entre o Sindicato e a Federação Nacional dos Bancos (FENABAN). O encontro será realizado no próximo dia 25, em São Paulo.

A classe realiza hoje, 24, reuniões e panfletagem nas agências bancárias do centro financeiro da Capital, para manifestar a insatisfação com a falta de avanços nas avaliações anteriores. Os bancários de todo o Brasil têm ido às ruas para pressionar os banqueiros para que apresentem uma proposta favorável à causa no encontro de amanhã, data em que o Comando e a Federação realizarão a quinta rodada de negociações.

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Na manhã de quarta-feira, cerca de 20 manifestantes se reuniram Itaú da Avenida 15 de Novembro, retardando a abertura do banco para as 12h. A instituição foi escolhida por ter sido a primeira a dar início à substituição das agências físicas por agências virtuais, gerando demissões massivas pelo país.

Dentre as exigências dos trabalhadores estão: reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real); vales alimentação, refeição; 13ª cesta; auxílio-creche/babá de R$788,00; melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral; plano de cargos, carreiras e salários para todos os bancários; e auxílio-educação com pagamento para graduação e pós.

De acordo com o Sindicato, as atuais condições de trabalho têm influenciado diretamente a saúde dos servidores, que por conta do excesso de trabalho e de responsabilidade, vem apresentando casos de estresse e depressão. Só na última quinzena, nove pessoas foram afastadas por licença médica.

Com relação a segurança, o debate gira em torno prevenção contra assaltos e sequestros, o que envolve a permanência de dois vigilantes por andar, nas agências e pontos de serviços, conforme legislação; a instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas; e abertura e fechamento remoto das agências, com fim da guarda das chaves por funcionários.

O fim das discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs) também fazem parte das reinvindicações.
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