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Em assembleia geral bancários deliberam hoje se entram em greve dia 06

Da Redação - André Garcia Santana

 Insatisfeitos com as propostas apresentadas pela Federação Nacional dos Bancos (FENABAN), bancários de Mato Grosso se reunirão hoje, 1, em Assembleia Geral para deliberar sobre o indicativo de greve previsto previsto pra o dia 6 de outubro. O encontro é promovido pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro de Mato Grosso (Seeb-MT), e terá início às 18h30. O órgão antecipa que, se aprovada, a paralisação seguirá por tempo indeterminado.

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Depois da quinta rodada de negociações com a Federação, realizada na última sexta-feira 25, em São Paulo, nenhuma das principais reclamações da categoria foi plenamente atendida. De acordo com o Sindicato, para o pedido de reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), foi sugerido um aumento de 5,5%, o que representa uma perda de 4% para os bancários em relação à inflação de 9,88%, e abono de R$ 2,500, não incorporado aos salários.

Além destas, outras contrapropostas também serão analisadas pelo Seeb-MT, que vem promovendo mobilizações por agências da Capital durante a última semana.

O presidente do Sindicato e membro do Comando Nacional, José Guerra, diz que as propostas da Federação são incabíveis, e reitera a convocação de todos os bancários e bancárias da base para participar da assembleia “5,5% é inaceitável! Esta proposta é a pior dos últimos anos. Além do índice não repor nem a inflação do período, o abono é prejudicial e traz perdas salariais que nunca mais serão repostas”, afirma.

Outras reivindicações

O órgão revela ainda que as atuais condições de trabalho têm influenciado diretamente a saúde dos servidores, que por conta do excesso de trabalho e de responsabilidade, vem apresentando casos de estresse e depressão. Só na última quinzena, nove pessoas foram afastadas por licença médica.

Com relação a segurança, o debate gira em torno prevenção contra assaltos e sequestros, o que envolve a permanência de dois vigilantes por andar, nas agências e pontos de serviços, conforme legislação; a instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas; e abertura e fechamento remoto das agências, com fim da guarda das chaves por funcionários.

O fim das discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs) também fazem parte das reivindicações.
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