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Mato Grosso tem obras de 8 mil casas paradas por atraso de repasse do Minha Casa, Minha Vida

Da Redação - Viviane Petroli

Mato Grosso conta com obras de oito mil casas do Programa Minha Casa, Minha Vida paralisadas por atraso de repasses do governo federal. As casas referem-se a faixa 1 do programa. Representantes de pequenas e médias empresas do estado pediram "socorro" ao Governo de Mato Grosso para que uma reunião com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, seja realizada e os repasses normalizados.

Diante a recessão econômica no Brasil, que tem levado o governo federal a realizar cortes, um dos programas afetados é o Minha Casa, Minha Vida. Para 2016, por exemplo, foram cortados R$ 26 bilhões no Orçamento, dos quais R$ 8,6 bilhões serão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sendo R$ 4,8 milhões serão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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A reunião entre representantes da construção civil e o vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro, ocorreu na quarta-feira, 07 de outubro. Diante as dificuldades do setor, o vice-governador declarou que se reunirá com o ministro Kassab em Brasília (DF) nesta quinta-feira, 08 de outubro.

A revelação de que oito mil casas em Mato Grosso estão com obras paralisadas é de dirigentes do Sindicato das Indústrias de Mato Grosso (Sinduscon). As paralisações são decorrente atraso nos repasses dos recursos por parte do governo federal.

Conforme relatado pelas empresas da construção civil, deixaram de ser assinados contratos para a construção de 20 mil unidades habitacionais do programa por falta de condições financeiras e incertezas quanto ao recebimento pelo serviço prestado. Tal fato somado a paralisação das obras está gerando desemprego de aproximadamente 15 mil trabalhadores.

“Vamos pedir o empenho do ministro para que Mato Grosso receba os repasses nos prazos estabelecidos, para que sejam regularizados. Com essa garantia as empresas poderão continuar as obras e o programa ser viabilizado. Também a garantia de recursos para construção de novas casas, além de abrir esse canal de diálogo”, destacou Fávaro aos representantes da construção civil mato-grossense.

A utilização do empréstimo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), já que o FGTS detém R$ 380 bilhões, é uma das soluções enxergadas tanto pelo setor da construção civil quanto pelo governo federal. A demanda será trabalhada, também, junto à bancada federal de Mato Grosso.

Segundo a vice-governadoria de Mato Grosso, informações sobre as contrapartidas do Estado que estão em atraso foram solicitadas, com o intuito de solucionar o problema.

Carlos Fávaro destacou, ainda, durante a reunião, que o governador Pedro Taques afirmou haver recurso para contrapartida em Mato Grosso, além de que "o Estado, por meio das secretarias competentes, vai analisar o repasse desses recursos".
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