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Pesquisa é essencial para a rentabilidade da produção em Mato Grosso, afirma Reck Júnior

Da Redação - Viviane Petroli

 A realização de pesquisas é considerada um fator preponderante para o desenvolvimento e rentabilidade da produção agropecuária em Mato Grosso. Em sete safras de soja, por exemplo, viu-se uma produtividade média no estado subir de 50,22 sacas por hectare para apenas 51,91 sacas por hectare. O que levou de fato ao crescimento da produção foi o aumento da área da oleaginosa, em cima, principalmente, de áreas degradadas, como a de pastagem.

Na safra 2008/2009 Mato Grosso produziu 21,3 milhões de toneladas de soja em 7,072 milhões de hectares. Uma média de 50,22 sacas por hectare. Na safra 2014/2015 foram 28 milhões de toneladas em 9,017 milhões de hectares e uma média de 51,91 sacas por hectare.

Apesar dos ganhos em produção com a ampliação da área de soja, o cenário apresenta uma estagnação em termos de produtividade em algumas áreas. Na região Sudeste, por exemplo, na safra 2008/2009 eram 50,07 sacas em média por hectare e na 2014/2015 51,83 sacas. No Médio-Norte, maior produtor de grãos do estado, de 50,8 sacas para 52,74 sacas por hectare.

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Conforme o candidato à presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), pela chapa "Unir Para Fortalecer", Vanderlei Reck Júnior, o aumento da produtividade e da rentabilidade da produção dependem do investimento em pesquisas e técnicas de manejo.

"Se em seis anos o crescimento foi de apenas duas sacas de soja por hectare, é primordial que sejam realizadas pesquisas, parcerias técnicas e troca de informações com produtores que atingiram níveis que vão de 70 a 100 sacas por hectare. É preciso gerar maior rentabilidade por meio de novas tecnologias de manejo, com atenção aos nematoides, ferrugem e insetos resistentes que prejudicam a produção. O produtor precisa estar amparado para produzir com mais eficiência, e a prospecção de novos mercados é fundamental para encontrar soluções para a agricultura do futuro", destaca.

Conforme o candidato à presidente da Aprosoja, durante o biênio 2016/2017, a produtividade gera lucro tanto para o produtor quanto para o Estado, prova disso é que Mato Grosso foi um dos menos atingidos pela recessão econômica pela qual o Brasil passa.

Para Reck Junior, a Aprosoja deverá fomentar o aumento da produtividade com a realização de pesquisas através de parcerias com entidades voltadas para tais fins.

"Principalmente, incentivar a criação de políticas que possibilitem o custeio da pesquisa nacional de maneira que os resultados estejam à disposição de todos os produtores e não fiquem à mercê de políticas comerciais de empresas privadas"
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