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Vigilância Sanitária e status livre da aftosa devem elevar vendas de carne bovina ao Japão

Da Redação - Viviane Petroli

A elevação da compra de carne bovina de Mato Grosso e do Brasil por parte do Japão depende de “simples critérios", como vigilância sanitária e até mesmo o status livre da febre aftosa sem vacinação. Segundo representantes Japão, durante visita a Mato Grosso nesta semana, o grande diferencial da sua produção pecuária para a brasileira é quanto ao método de pastagem natural utilizado no Brasil.

Nesta semana um grupo de representantes do país asiático formado por Masayoshi Kinoshita, Coordenador Senior de Higiene e Inspeção e Kenta Yonemoto, pesquisador do departamento de informações e pesquisa, membros da ALIC, que é uma entidade subordinada ao Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão, e Milton Nonaka, contato da ALIC (Agriculture & Livestock Industries Corporation ) no Brasil, esteve em Cuiabá visitando propriedades rurais, frigoríficos e a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

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A missão técnica, segundo Masayoshi Kinoshita, Coordenador Senior de Higiene e Inspeção da ALIC (Agriculture & Livestock Industries Corporation), não possuiu relações com o fim do embargo aos embarques de carne para o país asiático estava em vigor desde 2012.

“Viemos para Mato Grosso por ser o maior produtor de pecuária de corte do Brasil. Posteriormente visitaremos São Paulo, Brasília, Goiás e o Mato Grosso do Sul. O ano passado viemos para o estado com foco na criação e produção bovina e desta vez resolvemos abranger, também, a infraestrutura logística e frigoríficos”, comentou Masayoshi Kinoshita ao Agro Olhar.

Conforme Masayoshi Kinoshita, o que difere a produção de bovinos no Brasil do Japão é o fato da pecuária brasileira utilizar o método de pastagem natural.

O especialista japonês destaca, ainda, que o fato de Mato Grosso possuir uma associação dos criadores como a Acrimat é importante, pois enquanto nos Estados Unidos e na Austrália, por exemplo, as associações focam o mercado de exportação, enquanto a entidade mato-grossense visa defender os interesses do pecuarista, além de buscar tecnologia para a elevação da produtividade e qualidade da carne e a prevenção de doenças, por exemplo.

“A elevação da aquisição de carne bovina brasileira por parte do Japão dependerá exclusivamente dos critérios de vigilância sanitária dos animais. A produção bovina sem a necessidade de vacinação contra a febre aftosa, ou seja, status livre da doença sem precisar imunizar é um ponto”, pontua Masayoshi Kinoshita.
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