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Brasil poderá adotar compartimentação de suínos; ideia partiu de Mato Grosso

Da Redação - Viviane Petroli

Mato Grosso adotará o projeto "Compartimentação de Suínos do Brasil". É a primeira vez que o modelo é adotado no país e será destinado para a proteção do plantel contra a febre aftosa e peste suína clássica. A proposta partiu de suinocultores do Estado e a adoção do sistema, revela o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), está prevista para até um ano e meio e será voluntária.
 
A adoção da compartimentação de suínos visa para que a cadeia produtiva seja considerada livre de febre aftosa sem vacinação e da peste suína clássica.

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A implantação do projeto piloto foi discutida em Cuiabá nesta semana e contou com a presença do diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Guilherme Marques. Durante a reunião ficou decidida a constituição de um grupo para formular instrução normativa que regulamentará a compartimentação.
 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) explica que a compartimentação pode ser utilizada em qualquer espécie animal. No Brasil ela começou a ser aplicada pela cadeia produtiva da avicultura para proteção contra a Influenza Aviária e Doença de New Castle. O conceito compartimentação é definido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
 
O sistema consiste no controle total do risco sanitário, em todos os estágios da produção, desde o material genético, ração, cama aviária (forração com lascas de madeira sobre o piso das granjas, a fim de impedir o contato com água e dejetos), entre outros.
 
O Ministério pontua ainda que a medida elimina a questão geográfica, pois cada granja é um compartimento livre de determinada enfermidade, e, em caso de surto de doença em um estado ou região, facilita a manutenção da exportação e o comércio interno. Outro ponto que a compartimentação possibilita é a negociação de mercados mais exigentes em relação à condição sanitária livre de febre aftosa sem vacinação.
 
O diretor executivo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues, salienta que é imprescindível para que o trabalho aconteça que os setores privado e público trabalhem juntos.
 
Mato Grosso possui hoje um plantel de 2.279.171 cabeças de suínos localizadas em 475 granjas comerciais.
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