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Notícias / Indústria

Kennedy quer contribuir na geração de emprego e promete mudar política de comunicação da Fiemt

Da Redação - Vinicius Mendes

O empresário Kennedy Sales, candidato à Presidência da Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT) nas eleições do próximo dia 3 de agosto, pela Chapa 2 “FIEMT Renovada e Independente”, afirma que é o mais preparado para o trabalho. Em entrevista concedida nesta terça-feira (3), Sales defendeu uma mudança na política de comunicação da federação, tornando-a mais plural, e declarou que quer contribuir para a geração de empregos em Mato Grosso.  

Após 40 anos sem que houvesse mais de uma chapa disputando a presidência, ele disse que sentiu a necessidade de se candidatar para trazer mudanças e avanços no setor e consequentemente contribuir para o desenvolvimento e geração de emprego em Mato Grosso. Desde o registro oficial as duas chapas já trocaram farpas.

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A chapa 2 apresenta oito propostas principais: campanha de valorização e melhoria da imagem de diversos setores da indústria; combate a entraves burocráticos que impedem a expansão da indústria em Mato Grosso; criação do SOS empresas; postura e posicionamento mais fortes e independentes do Governo; fomento à bancada da indústria estadual e federal; cobrança da ampliação da infraestrutura e logística; melhora no acesso ao crédito; e investimento em educação financeira.
 
“São algumas propostas que nós colocamos como base fundamental. Em cada setor tem uma necessidade. Mas ali foi colocado que a gente quer fazer, como a bancada da indústria, colocar uma gestão financeira, SOS empresa, então são vários tópicos que a gente vai desenvolver e trabalhar para melhorar a indústria, isso conversando com vários setores. É muito importante que a gente coloque estes projetos que está na nossa capa de campanha”.
 
A chapa “FIEMT Renovada e Independente” é composta por 64 empresários associados à Fiemt. Kennedy é vice-presidente Sindicato Intermunicipal das Indústrias Químicas do Estado de Mato Grosso (SINDIQUIMI) e afirma que o foco de sua gestão será o agronegócio, que é o maior setor de Mato Grosso.
 
“Nós vamos implementar nossos projetos de melhoria de logística, de segurança jurídica, e vamos fazer um trabalho de atrair novas indústrias para Mato Grosso, principalmente no setor do agronegócio, porque nós somos os maiores produtores de comida do Brasil e do mundo. É mais que justo que a gente faça um trabalho para que transforme toda essa matéria prima, da produção primária, e que a gente faça a transformação industrial”.

Consequentemente, com a chagada de novas indústrias, haverá geração de empregos no Estado. Kennedy que o incentivo ao setor é fundamental para que isso aconteça.

“Teve um projeto, por exemplo, que foi encabeçado por um segmento do biodiesel, porque estava basicamente quebrado este setor. Eles encabeçaram este RenovaBio, onde você consegue, de 5% que era adicionado no óleo diesel chegar a 20%, com isso novas plantas estão sendo ampliadas, as plantas que estão fechadas estão sendo reativadas, e o final desta cadeia será gerar em torno de 50 mil empregos diretos e indiretos. Então é isso, nós temos que acreditar, temos que trabalhar em cima disso, mas isso só está acontecendo porque houve um incentivo do setor, e se não tivesse este incentivo ia morrer”.

Outra proposta da Chapa 2 é com relação à política de comunicação da Fiemt, que atualmente é focado em um veículo de comunicação. Kennedy afirma que irá dar chance a outros veículos, para que consigam atingir seu público através de vários meios.

O candidato também criticou a postura da chapa concorrente, que não tem se focado em apresentar propostas. Ele ainda disse que a atual gestão, que apóia a Chapa 1, não faz tudo o que poderia com os recursos que tem.

“Eu não vi que a outra chapa, que é encabeçada pelo Gustavo Oliveira e pelo atual presidente, não tem proposta para o segmento do setor, simplesmente estão nesse ‘já ganhou já ganhou’ e a gente está trabalhando, fazendo proposta, indo aos empresários, mostrando para que estamos vindo, o que nós queremos fazer para  segmento”.

Por causa de como a Fiemt vinha sendo administrada ele afirmou que quis se candidatar. Há 40 anos não havia outra chapa concorrendo pela presidência.

“A eleição sempre foi de consenso, e agora nós entendemos que precisamos divergir, entender mais, fazer o segmento crescer muito mais. Estou há 35 anos na indústria, em vários segmentos, e eu vejo que dá para ser feito muito mais do que está sendo feito hoje, e nós queremos fazer gestão para 11 mil indústrias, para 150 mil colaboradores, nós queremos trabalhar para todos”.

Kennedy disse que em suas visitas e viagens encontrou muitos empresários que não sabem qual é a função da Fiemt e ele busca mudar isso. Caso seja eleito ele afirma que irá aproximar a Federação dos empresários.

Outra crítica do candidato é contra à atuação do candidato concorrente no poder público. Ele avaliou que neste período não houveram muitos avanços e classificou a gestão de Gustavo como frágil.

“Ele ficou no governo três anos, foi secretário de Planejamento e de Fazenda, e o que eu vejo é o seguinte, neste período quais foram os gargalos que ele resolveu na indústria? Trocou os pés pelas mãos, pedalou, segundo a imprensa, atrasou poderes, enfim, isso mostra fragilidade na sua gestão, assinou a lei 1.262, que complicou mais ainda a vida dos exportadores das indústrias, então quando você está lá tem que tomar cuidado com o que você assina. Não pode ficar só nas estatísticas, tem que ir para o campo, eu sou assim, vou para o campo, faço o trabalho, faço as coisas acontecerem, para resolver os problemas até o fim”.

Uma recomendação que Kennedy faz aos empresários é que avaliem as propostas dos dois candidatos e decidam qual será o melhor para o setor.

“Peçam aos presidentes de seus sindicatos que escutem as propostas dos dois, não pode apoiar sem saber se há projetos sérios com a indústria. Um candidato não pode ficar parado e dizer que já ganhou sem fazer nenhuma proposta para o segmento, acho que é muito injusto isso, acho que precisa cada um mostrar sua proposta, seu potencial, sua trajetória empresarial. Estamos aí a disposição querendo ajudar cada vez mais a industria, eu não quero ser presidente para a Chapa 2, mas sim de todas as indústrias, quero administrar para as 11 mil indústrias do Estado de Mato Grosso, quero ajudar e contribuir para o crescimento, desenvolvimento e cada vez mais geração de emprego no Estado”.
 
Impugnação
 
A Chapa ‘Fiemt Renovada e Independente’, do candidato Kennedy Sales ingressou com um pedido de impugnação da candidatura do empresário Gustavo Pinto Coelho de Oliveira, à frente da chapa ‘União Pela Indústria’ no último mês de junho.
 
De acordo com a assessoria jurídica da Chapa ‘Fiemt Renovada e Independente’, ao deixar a gestão pública em dezembro de 2017 — quando ocupou o cargo de Secretário de Estado de Fazenda (Sefaz) — Gustavo Oliveira descumpriu o estatuto da FIEMT, que exige, no ato do registro da chapa e como critério para candidatura, o mínimo de 12 meses de atividades empresariais efetiva.

“Na realidade nós estamos simplesmente cumprindo à risca o estatuto que foi feito a 30 mãos dentro da Federação das Indústrias, pelo próprio presidente. Eu não estou fazendo nada demais, estou simplesmente obedecendo a um regimento interno que foi construído pela Fiemt, então nós não podemos rasgar isso, se tem alguém que está errado tem que sair da chapa, nós temos que obedecer o regimento”.

Em resposta, a Chapa 1 também entrou com pedido de impugnação da Chapa 2. O pedido foi feito, segundo a Chapa 1, por conta de membros que não poderiam, no aspecto legal, se candidatarem. Kennedy reforçou que o estatuto deve ser respeitado e disse “se eu tenho alguém errado na chapa eu vou tirar, só que eles tem que fazer a mesma coisa, lei foi feita para você respeitar”.
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