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Notícias / Agronegócio

Termo firmado entre Governo, MPF e Imac deve reduzir preço da carne em MT, avalia secretário

Da Redação - Vinicius Mendes

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Cesar Miranda, afirmou que o termo de cooperação técnica firmado entre o Governo de Mato Grosso, o Ministério Público Federal (MPF) e o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) deve reduzir o preço da carne bovina no Estado.

Com a habilitação de frigoríficos de Mato Grosso para venda para a China, houve um aumento da demanda, o que refletiu no preço. O novo termo deve reabilitar mais de oito mil produtores e reinseri-los no mercado formal, fazendo com que a oferta de carne bovina aumente, e assim o preço abaixe.
 
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O termo de cooperação técnica que foi assinado na tarde desta segunda-feira (13) tem como objetivo a criação de uma ferramenta tecnológica (software) que possibilitará que o produtor rural que tenha alguma área desmatada ilegalmente, e por causa disso teve seu terreno embargado, vai poder declará-la no sistema, cercar a área, e com o cercamento receberá um certificado de regularização que ele poderá apresentar aos frigoríficos e voltará ao mercado formal, para poder comercializar com eles novamente.
 
O Governo avalia que há a possibilidade que sejam regularizados mais de 8 mil produtores que por algum motivo descumpriram ou não se adequaram à legislação ambiental aprovada em 2008, que estabelecia alguns marcos. Os produtores que tiveram alguma irregularidade identificada acabaram bloqueados pelo próprio mercado.
 
De acordo com o governador Mauro Mendes isso acabou criando um “mercado negro” de venda de carne, já que de alguma maneira esta carne acabou sendo vendida fora do mercado formal. Com a possibilidade de trazer estes produtores para a legalidade o Estado espera um considerável aumento na oferta da carne em Mato Grosso.
 
“Este boi, como o governador brincou, não está morrendo de velho no pasto nem está aposentado, ele está sendo morto de alguma forma, fora da formalidade, no momento que ele entra no mercado formal, que se tem o aumento da oferta de produto, consequentemente se tem uma regulação do mercado, é oferta e procura, e isso vai propiciar que chegue lá na ponta, para o consumidor, na gôndola do supermercado, que consiga comprar de uma forma mais barata”, disse o secretário Cesar Miranda.
 
Este novo termo deve acabar resolvendo o problema do aumento da carne em Mato Grosso, oriundo da habilitação de frigoríficos para venda para a China. À época, com o aumento da demanda e a oferta limitada, o aumento do preço logo foi sentido pelo consumidor. O secretário Cesar Miranda afirmou que já houve uma regulação do mercado com relação a isso, mas que a reinserção de mais produtores no mercado informal ainda deve afetar de forma positiva o preço da carne.
 
Este aumento foi num primeiro momento e o mercado já se regulou. A melhor forma de você regular preço de mercado é deixando o mercado trabalhar, é oferta e procura, mas obviamente, se aumenta a oferta de produto a expectativa é que você tenha uma queda no preço também, e se Deus quiser [haverá] um aumento do preço do nosso produto lá fora. Aí sim vem a agregação de valor. Porque você vai dizer, olha, essa carne aqui é ambientalmente produzida de forma correta. Então a gente vai abrir mercados na Europa, vai abrir mercados no Japão”, avaliou Miranda.
 
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