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Notícias / Indústria

Crise causada pela guerra entre Rússia e Ucrânia demonstra força da indústria do ouro

Da Redação - Pedro Coutinho Bertolini

Em tempos de crise, como o atual momento vivenciado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, o ouro se destaca como um “commodity de crise”, por conta dos impactos econômicos positivos que sua indústria acarreta. Canalizado como aditivo que garante proteção aos investidores em tempos de tribulações no mercado financeiro, como ocorre agora, o mineral teve o indicador de seu preço elevado e, em alguns casos deste mês, alcançou R$ 2 mil. Em Mato Grosso, há grandes produtores do minério que geram impostos milionários que, ao serem recolhidos pelos governos Federal e Estadual, são investidos na população.

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Em 2021, Mato Grosso foi o terceiro maior arrecadador da Contribuição Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), gerando R$ 71.3 milhões em tributos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). No estado, Peixoto de Azevedo, Poconé e Pontes e Lacerda, compreenderam juntos R$ 25 milhões.

Conforme o diretor da Fênix, distribuidora de títulos e valores mobiliários, que investe no mercado do mineral, Pedro Eugenio Gomes Procópio da Silva, MT tem fincado em suas raízes históricas a mineração, além do estado ser local onde municípios vivem economicamente por meio do setor. Ele ainda pontuou que a valorização do ouro não impacta apenas as empresas, mas todo cidadão.

“E estamos falando no âmbito de impostos que essa cadeia gera, mas há muito mais. São milhares de empregos gerados de forma direta e indireta pelo setor da mineração. A cadeia produtiva envolve muito mais setores, como o de combustíveis, energia elétrica, aço, bens de consumo em geral. O Brasil hoje, de forma geral, conta muito com o setor”, pontua Pedro Eugenio. 

Mineração 

De forma geral, o setor tem registrado um crescimento ascendente, viabilizando um importante valor em impostos recolhidos. Para se ter noção, a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral CFEM aumentou de R$ 6,080 bilhões em 2020, para R$ 10,2 bilhões em 2021. Até o momento, conforme dados contabilizados pela Agência Nacional de Mineração (ANM), 2022 já recolheu R$ 1,1 bi.

 “Adventos como a pandemia e a guerra trazem essa maior demanda pelo ouro. Mas já temos observado nos últimos anos que o setor tem uma expansão estabelecida”, disse Pedro Eugenio Gomes Procópio da Silva.

Dados do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), revelam que o saldo das exportações do setor mineral no Brasil foi de quase RS$ 49 bilhões. No panorama geral Minas Gerais foi o estado que apresentou maior crescimento no faturamento em 2021, 87%. Em seguida, está a Bahia, com 65% de aumento, Pará, com 51%, Goiás, com 36%, Mato Grosso, com 35% e São Paulo, com 28%.
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