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Notícias / Agronegócio

Resultados de confinamento leiteiro compensam riscos e alto investimento no sistema

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

O confinamento do rebanho na atividade de produção leiteira, apesar de ser um método que custa caro e possui mais riscos, é o melhor caminho para dar viabilidade ao negócio. A avaliação é do engenheiro agrônomo Roberto Jank Jr, da Agrindus, de São Paulo.

A empresa é portadora do maior rebanho de vacas holandesas do Brasil – 1.4 mil animais em lactação, as quais produzem aproximadamente 15 milhões de litros de leite por ano.

Jank avalia que a escala de produção de cada propriedade, o mercado, a localização do consumidor e outros fatores devem ser levados em consideração na escolha do método produtivo, mas que confia no confinamento como uma ótima alternativa.

“O sistema confinado te dá muito mais produtividade. Tem mais riscos, sim, pois tem um custo bem mais alto, mas deixa a produção mais estável também”, comenta o engenheiro agrônomo.

Ele acrescenta que, assim como na Agrindus, a maioria das grandes propriedades leiteiras de São Paulo, Minas Gerais e região utilizam o confinamento intensivo. “Pelo restante do país ainda vemos muito a criação a pasto”.

Questionado sobre riscos do sistema e susceptibilidade a variações do preço de alimentos que compõem a ração animal – a exemplo do que ocorreu este ano – Jank Jr diz que existem alternativas viáveis para conviver com as oscilações.

Ele acredita que esses ricos são mais facilmente contornados que situações que ocorrem no sistema a pasto, como vulnerabilidade às mudanças de clima. “A recomendação é investir em confinamento, pois o resultado é muito maior e dá uma estabilidade na produção o ano inteiro”, finaliza Jank.
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