A região Oeste de Mato Grosso é a única que ainda mantém um alto número de produtores que optam pela produção exclusiva de soja convencional, aproximadamente de 13% do total, de acordo com dados da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).

O número é bastante inferior ao que é plantado de soja transgênica na mesma região, no entanto, é considerado grande quando comparado às outras regiões mato-grossenses.

Nas lavouras do Oeste, 37,7% dos produtores plantam apenas variedades transgênicas, enquanto 49,4% optam em trabalhar com as duas opções.

Na região Leste, por exemplo, em torno de 3,7% das lavouras ainda são exclusivamente de soja convencional. Cerca de 40% dos produtores entrevistados pelo Circuito Tecnológico plantam tanto convencional quanto transgênica e a maioria, 53,7%, planta apenas soja transgênica.

No Norte o percentual de produtores que optam somente pela convencional cai para pouco mais de 1%. E, na região Sul, não se encontra mais quem plante apenas o grão convencional: 17,4% dos produtores ainda plantam ambos os tipos, mas a maioria, 82,6%, opta exclusivamente pela soja transgênica.

Segundo o gerente institucional da Aprosoja-MT, Nery Ribas, o comportamento diferenciado da região Oeste deve-se, sobretudo, a questões comerciais.

A produção local tem um escoamento diferenciado, com boa saída para portos da região Norte do país e um mercado com diferentes particularidades, nos quais é comum negociar prêmios para soja convencional.