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Notícias / Agronegócio

Perda de áreas na pecuária depende de variações e não deve ser constante em MT

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Nos últimos quatro anos a pecuária perdeu cerca de 863 mil hectares de suas áreas para a agricultura - cerca de 4% -, de acordo com estudo da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). Mas o diretor da associação, Júlio Ferraz, não acredita que esta seja uma tendência certa para os próximos anos, dependendo principalmente das movimentações do mercado.

Um estudo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgado recentemente mostra que a tendência é que a pecuária mato-grossense deva chegar ao ano de 2022 com uma redução de 19% das áreas de pastagens em relação à quantidade atual, o que representa uma perda de 4,5 milhões de hectares de pastos.

“Não dá para prever se a pecuária vai continuar perdendo pastagens ou não para a agricultura. Depende do mercado”, afirma Ferraz, acrescentando que atualmente a cultura de grãos está vivendo uma ótima fase em Mato Grosso, de boa rentabilidade, o que contribui para a migração de uma atividade para outra.

“Este ano a agricultura está vivendo um momento muito melhor que as previsões iniciais, principalmente por conta de um desequilíbrio natural não previsto, a seca nos Estados Unidos”, diz o diretor, exemplificando que as previsões acabam sendo modificadas em função de fatores inesperados no mercado.

Ferraz também acrescenta que a pecuária é uma atividade mais tradicional e constante, de ciclo bem mais longo que a agricultura e com produtores normalmente mais capitalizados, e que nem todo produtor vai migrar de atividade por negócios de oportunidade.
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