O número cabeças de gado confinadas em Mato Grosso, este ano, caiu 2,6% em relação a 2011, somando 792,8 mil animais, quando a intenção de confinamento para 2012 era de 929,9 mil. Os dados, levantados pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), foram divulgados e comentados pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

Para a associação, a queda em relação ao ano anterior e em relação à intenção dos produtores é devida, principalmente, à alta no mercado de grãos – principal insumo das rações – e ao mercado futuro de animais.

O custo do confinamento por dia passou de R$ 4,32 em 2011 para R$ 5,28, alta de 22%. Com os números iniciais, no começo de 2012 a expectativa é de que, até o fechamento do ano, houvesse um aumento de 14% no número de animais confinados, mas com as mudanças no mercado o caminho tomado foi bem diferente.

“Confinar é negócio e por isso é preciso analisar a rentabilidade. Por um período acreditou que seria viável trocar o pasto pela ração, mas depois isso mudou e os custos aumentaram muito. Foi quando os produtores recuaram”, afirmou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.

De acordo com os dados do Imea, em abril a intenção era confinar 929,9 mil, em julho, no 2º levantamento do ano, este número caiu para 740,4 mil e depois voltou a subir, fechando com 792,8 mil animais confinados.

Daniel Ferreira, gestor do Imea, explica que a partir de agosto o pecuarista começou a enxergar o mercado futuro e reviu a estratégia. “Com uma pequena redução dos preços do milho e melhor cotação do boi no mercado da bolsa o produtor decidiu tirar do pasto e confinar o rebanho”, explicou.