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Notícias / Economia

Diplomatas de 25 países dão sinal positivo às explicações de suposta vaca louca no Brasil

Agência Brasil

 Técnicos brasileiros acreditam ter afastado a suspeita de que houve um caso de vaca louca no país. Eles estão em Genebra, Suíça, onde participaram de reunião, nesta quarta-feira (19), pela manhã, na sede da Organização Mundial do Comércio (OMC). Os técnicos prestaram informações detalhadas à diplomatas de 25 países.

O secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques, que lidera a missão brasileira, disse que os representantes dos Estados Unidos, da Rússia, China, Indonésia, Austrália, do Japão e da Coréia do Sul sinalizaram positivamente às declarações do Brasil.

Em decorrência da suspeita de contaminação da carne brasileira pela doença da vaca louca (encefelopatia espongiforme bovina - EEB), seis países suspenderam importações de carne bovina. O embargo ao produto brasileiro foi anunciado pelos governos do Japão, da China, África do Sul, do Egito, da Arábia Saudita e Coréia do Sul. Ênio Marques assegurou às representações diplomáticas que a política brasileira é atender às exigências internacionais de saúde animal.

Os técnicos que acompanham o secretário confirmaram a presença da proteína causadora da doença, encontrada em uma fêmea que morreu em 2010, no Paraná. A identificação do vírus ocorreu há dois anos e foi considerado caso atípico da vaca louca, isolado, e o animal portador do vírus não desenvolveu a doença. Os técnicos garantiram que “o sistema brasileiro responde ao desafio que esta questão sanitária exige”. Ainda segundo relatos do grupo, a receptividade dos diplomatas “foi positiva”.

Para evitar que a restrição às importações de carne se estenda a outros parceiros comerciais, como a União Européia, além dos esclarecimentos na OMC, técnicos agrícolas e diplomatas mantêm contato com representantes das principais organizações envolvidas com saúde animal e órgãos reguladores dos países importadores. Segundo o Ministério da Agricultura, o governo tem disponibilizado toda a documentação relativa ao caso.

Na avaliação dos negociadores, houve “grandes avanços de entendimento nas instâncias técnicas”. Agora o governo aguarda que a convicção sobre a segurança do produto brasileiro seja mantida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês) e os países importadores da carne bovina suspendam o embargo.
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