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Faturamento do setor sucroalcooleiro será menor nesta safra

Unica

 Apesar do aumento na produção de cana-de-açúcar, o faturamento das empresas do setor nesta safra poderá ficar aquém dos valores observados em 2011/2012. Em São Paulo, principal Estado produtor do País, o faturamento médio da indústria até novembro atingiu R$ 105,90 por tonelada de cana, queda de 6,72% em relação aos R$ 113,53 observados no mesmo período da safra anterior.

No caso do etanol, a receita média por tonelada de cana, acumulada de abril a novembro deste ano, totalizou R$ 92,18, queda de 10,34% em relação aos R$ 102,98 por tonelada em igual período da safra passada.

O faturamento com a comercialização de açúcar acumulado até novembro desta safra alcançou R$ 118,70 por tonelada de cana, retração de 3,95% em relação aos R$ 123,59 por tonelada na safra 2011/2012. A menor retração na receita observada na venda de açúcar se deve à desvalorização cambial nos últimos meses, que atenuou a queda de preço do produto no mercado internacional.

O etanol hidratado combustível vendido internamente continua sendo o produto menos atrativo para o produtor. A receita média obtida com a venda do produto nesta safra, acumulada de abril a novembro de 2012, alcançou apenas R$ 87,95 por tonelada de cana, valor consideravelmente inferior ao observado para o etanol anidro e o açúcar.

Segundo o diretor da UNICA, “a situação do setor produtivo de etanol é delicada, os custos e o nível de endividamento de parte das unidades continuam elevados e, dessa vez, o processo de consolidação observado no passado deu lugar ao fechamento de usinas em dificuldades, com direcionamento da cana para outras unidades”.

Segundo Rodrigues, o fechamento de indústrias vem reduzindo a capacidade de produção do setor. Ele explica que o processo ocorre gradativamente e pode não ser visível para alguns porque ainda há capacidade ociosa nas usinas, mas nos próximos anos essa perda de potencial de produção “certamente trará impactos na oferta de etanol e de açúcar.”

Até o momento, já existe a confirmação de que seis empresas deixarão de processar cana na safra 2013/2014. Adicionalmente, apenas duas novas unidades produtoras estão previstas para iniciar as operações no próximo ano, número consideravelmente inferior aquele verificado em anos anteriores (em 2008/2009, por exemplo, 30 novas unidades foram registradas).
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