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Notícias / Agronegócio

Relatório do Isac mostra que compras chinesas seguram preço do algodão

De Brasília - Vinícius Tavares

A diferença de preços entre o maior e o menor valor da cotação do algodão, que tradicionalmente fica próxima de 34%, está abaixo de 10% neste início de safra 2012/13. Além disso, os estoques finais representam 70% do volume do consumo mundial previsto para o período, o maior patamar desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Os dados são do Icac (conselho internacional do algodão).

Outro componente importante no mercado é que a produção do período deverá superar em 10% o consumo. Tudo isso deveria levar a commodity a ter uma queda mais acentuada de preços do que vem ocorrendo. A explicação, segundo o Icac, segundo o jornal Folha de São Paulo, está nas compras do governo chinês para a formação de estoques do produto.

Exportação de algodão cresce 32,3% em 2012 e Estado ocupa 4ª lugar no ranking

Os chineses, que vêm acumulando estoques nos últimos dois anos, devem chegar a março com pelo menos 10 milhões de toneladas. A safra de 2012/13 está estimada em 26 milhões de toneladas pelo conselho, enquanto o consumo será de 23,5 milhões. Os estoques finais serão de 16,5 milhões.

O algodão foi negociado ontem a 75,7 centavos de dólar por libra-peso em Nova York. Esse valor mostra alta de 2,6% em relação aos preços do início de dezembro.

Nos últimos 12 meses, devido à melhora na oferta e à perda de ritmo da demanda devido à desaceleração mundial da economia, o algodão teve queda de 21% em Nova York.

Essa queda se iguala à do açúcar no período, mas fica abaixo das de café e suco de laranja. Este último lidera a desaceleração de preços, com queda de 40% em 12 meses.
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