Ainda nem é possível precisar quanto de soja perdeu-se nas lavouras de Mato Grosso do início do ano até agora devido às chuvas abundantes e dificuldades na colheita. No entanto, já se analisa os efeitos que esses eventos possam ter no ciclo 2013/2014, prejudicando a segunda safra no Estado.

O vice-presidente técnico da Associação de Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Gladir Tomazelli, lamenta a perda de variedades precoces de soja para a produção de sementes.

Produção de sementes de soja pode ser prejudicada em Mato Grosso se chuvas continuarem

Tanto as lavouras de sua empresa, localizada em Campo Verde, quanto as de cooperados têm registrado grãos podres ou germinando no pé, depois de, em média, 500 milímetros de chuva registrados no município durante o mês de janeiro.

Os grãos para produção de semente requerem nível de qualidade acima da média, de modo que grande parte do que tem sido colhido não serve para este fim.

Assim, a produção de sementes de variedades de ciclo precoce está comprometida, sem matéria prima em abundância. E, para a próxima safra, Mato Grosso poderá ter uma produção de sementes aquém da demanda para soja com esse tipo de ciclo.

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As variedades precoces são as mais procuradas pelos produtores, pois garantem a oportunidade de uma janela climática ideal para o plantio das segundas safras, de milho e algodão.

“Não creio que Mato Grosso irá conseguir atingir a meta de produção, a necessidade de sementes para produzir no próximo ano. E, sem soja precoce, prejudica-se o plantio e o rendimento da segunda safra”, prevê o vice-presidente.

Mato Grosso é atualmente a maior referência nacional de produção de sementes, com qualidade elevada e maior emprego de tecnologia.