A falta de interesse de compradores tem pesado significativamente sobre as cotações do farelo de trigo. Segundo colaboradores do Cepea, os moinhos continuam com a moagem do trigo a todo vapor e, consequentemente, há muita oferta de farelo.

Com a dificuldade em escoar o produto, as indústrias moageiras estão quase sem espaço para armazenar farinhas e farelo. Essa situação é observada em todos os estados pesquisados pelo Cepea. Quanto ao trigo em grão, o ritmo de comercialização no Brasil continua bastante lento, com muitos compradores apostando nas importações com isenção de TEC para o grão de fora do Mercosul para se abastecer, ao menos parcialmente, nos próximos meses.

Historicamente, o mês de janeiro é mais tranquilo para moinhos, visto que Brasil e Argentina finalizam a colheita do grão e, consequentemente, há mais oferta e as cotações recuam. Contudo, de acordo com pesquisadores do Cepea, neste ano, com a escassez do cereal e preços elevados, compradores precisam recorrer às importações também neste período para suprir as necessidades de moagem.