Imprimir

Notícias / Economia

Mantega promete mais desonerações e vê crescimento de 3% a 4% em 2013

Tiago Pariz - Reuters

 O governo deve fazer novas desonerações tributárias este ano, mas não vê necessidade de estímulos adicionais para impulsionar o crescimento da economia para entre 3 e 4 por cento em 2013, além das já adotadas no ano passado, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta sexta-feira.

"A política anticíclica vai continuar enquanto tiver necessidade de impulsionar a economia, mas não significa que tomaremos novas medidas. As medidas que tomamos são suficientes", afirmou o ministro em entrevista coletiva para comentar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado.

"O que faremos é mais reduções de impostos, porque é uma permanente deste governo, a cada ano vamos continuar reduzindo impostos."

A economia brasileira cresceu 0,6 por cento no quarto trimestre e 0,9 por cento no ano passado, forte desaceleração quando comparada com a expansão de 2,7 por cento em 2011.

Mantega disse que se houver alguma ação em 2013 será para apoiar os investimentos, uma das principais apostas do governo para elevar a atividade econômica neste ano.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma medida do investimento na economia, caiu 4 por cento no ano passado, mas encerrou o ano em crescimento de 0,5 por cento --a primeira expansão trimestral após quatro períodos consecutivos de queda.

Mantega creditou a retração anual da FBCF ao desempenho ruim na construção civil e à queda nas vendas de caminhões. O ministro disse que esse cenário se reverteu e contribuirá, junto com os maiores desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para o aumento dos investimentos.

"O investimento vai melhorar com as vendas caminhões, o BNDES está trabalhando a todo vapor na liberação de crédito e estamos dando mecanismos para o setor privado participar mais do financiamento do investimento e de modo a ter um volume maior do investimento e isso está ocorrendo", disse o ministro.
Imprimir