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Ministério Público apura uso de notas falsas para vacinas de aftosa

De Brasília - Marcos Coutinho/ Da Redação - Lucas Bólico

 Entre oito e 11 grandes proprietários rurais do vale do Araguiaia, em Mato Grosso, do ramo da pecuária de corte usaram notas fiscais falsas para comprovar a vacinação obrigatória contra a febre aftosa, informaram fontes ligadas à Famato (Federação da Agropecuária do Estado), Ministério da Agricultura, Ministério Público e da própria fiscalização estadual.

Não bastasse a fraude fiscal, os fazendeiros impediram que a fiscalização fizesse a verificação in loco nas propriedades rurais. “O que está ocorrendo em Mato Grosso é um absurdo, um crime lesa-estado, um crime contra o próprio setor agropecuário”, declarou uma respeitada fonte do setor com exclusividade para o Olhar Direto.

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Diante da gravidade do problema, os fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) acionaram o Ministério Público e as autoridades policias para que o uso da força seja adotado.

O que causa espécie é o fato de “movimento de resistência” à fiscalização estar sendo orquestrado por um fazendeiro que seria irmão de uma parlamentar federal de alta patente da Região Centro-Oeste.

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Mais intrigante é o fato de “forças ocultas” da cúpula da própria Famato estarem agindo no sentido de colocar “panos quentes” na situação, ou seja, de impedir a fiscalização. Além da Famato, há informações também do envolvimento de gente graúda da própria administração estadual.

“A irresposabilidade desse grupo de fazendeiros é gritante e pode prejudicar um trabalho de proteção sanitária que já dura 23 anos, iniciado no governo Jaime Campos, que tornou Mato Grosso um estado livre da febre aftosa”, completou a fonte ouvida pelo Olhar Direto.
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