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Notícias / Agronegócio

Produtor quer ações imediatas do governo federal no 'caos logístico'

De Barra do Garças - Ronaldo Couto

 O presidente do Sindicato Rural de Barra do Garças, Eduardo Baroni, é um dos ruralistas que estão avaliando medidas que serão tomadas para evitar mais prejuízo para soja de Mato Grosso. O ruralista acredita que a presidente Dilma Rousseff tem que agir rapidamente para que a crise seja minimizada antes que haja mais cancelamento de exportações.

Recentemente a China cancelou a compra de uma carga de soja de nove navios causando um prejuízo grande para o país. “A presidente elogia o papa Francisco que está com intenções em viagem a Roma, mas nós do segmento produtor do país também estamos com boas intenções de gerar emprego e renda e o governo precisa dar respaldo”, frisou.

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O sindicalista explicou que 55% da produção de soja de Mato Grosso descem para o porto de Santos enquanto 45% para os demais instalações portuárias que precisam de investimentos para se tornarem mais eficientes. O Brasil aumentou a sua produção.

Baroni ressaltou que Mato Grosso é maior produtor de soja e gado do país e o primeiro colocado na produção de milho/safrinha, mas não está sendo respeitado como tal pelo governo federal. “Nós não temos estradas decentes para escoamento da produção. Precisamos de mais estradas, ferrovias e silos para armazenagem”, completou.

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Hoje a soja é armazenada na carroceria do caminhão e não existe lugar adequado para esse serviço. O sindicalista disse que o segmento ruralista de MT prepara uma movimentação no sentido de cobrar respostas para essas indagações.
Baroni destacou que todos sofrem com essa situação não só os produtores mas como também os caminhoneiros e as cidades. Ele citou o caso de Barra do Garças que enfrenta um problema sério de estrangulamento do transito local por causa das carretas que passam por dentro da cidade e há 20 anos o município luta para ter um contorno viário (anel viário).

Para tornar mais eficiente o sistema de escoamento de grãos, o ruralista sugere a pavimentação da MT 100 com a soja sendo levada a ferrovia e de lá teria uma distancia menor até o porto de Santos. “Mas de nada adianta diminuir a distância se não modernizar os portos brasileiros”, finalizou.
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