Imprimir

Notícias / Economia

Extrativistas cooperados do Acre comemoram boa safra da castanha

Globo Rural

 A safra da castanha no Brasil dura quatro meses e até o fim de março, a rotina do extrativista é a mesma.

Quando o sol clareia o seringal, é hora de se equipar com o cesto, chamado de faceiro, e com o cambito, uma garra feita de galhos de árvore. “É para proteger contra cobras, lacraias e escorpião que estejam embaixo do ouriço”, conta o extrativista Nathanael Melo de Silva.

Dentro da floresta o olhar é atento e as mãos trabalham em sincronia. Quando o faceiro fica cheio de ouriços, são 50 quilos nas costas. Algumas castanheiras chegam a medir mais de 50 metros.
É com esse trabalho, com o corte preciso do terçado, que Maria Bezerra da Silva paga a universidade do filho que vai ser professor. “Com a castanha ajuda a pagar a parcela de R$ 222 por mês. É meu orgulho”.

O mercado de extração da castanha no Brasil se concentra na região norte. Em uma reserva, 28 produtores ganham cerca de R$ 150 mil por safra. Cada lata com 11kg de castanha custa R$ 18. Valor praticado há aproximadamente cinco anos no estado.

O processo de qualidade começa dentro da mata. Depois de recolher os ouriços, é hora de cortá-los e tirar tudo que não presta como o umbigo e as castanhas cortadas, por que uma delas pode contaminar todo o resto,

No armazém, limpeza é ordem nas bases de sustentação. Os cones chineses impedem a infestação de roedores e para entrar os sapatos precisam ficar do lado de fora. “O extrativista não pode ter contaminação com animais domésticos e nem silvestres. As pessoas que vêm visitar, ou os próprios produtores, não podem entrar calçados, porque ele entra com o calçado na floresta, no campo. Como a gente trabalha com produtos de qualidade , tem que ter essas exigências”, explica Francisco de Melo, presidente da Associação Pequenos Produtores.

Os estados do Amazonas, Acre e Pará lideram a produção da castanha no país.
Imprimir