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Notícias / Economia

Preço da carne não sofre redução em Mato Grosso

Evania Costa - A Gazeta

 Reflexo da desoneração da cesta básica anunciada há 2 semanas ainda não chegou na carne como era esperado. Enquanto isso, outros produtos básicos apresentaram redução no preço, após o governo federal ter zerado alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e também de PIS/Confins. A afirmação do presidente da Associação de Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Kássio Catena, é confirmada pelo Boletim Semanal da Bovinocultura, divulgado nesta segunda-feira (25) pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Conforme levantamento do Imea, além de não recuar, a média dos preços pagos por 13 cortes pesquisados teve 3 altas semanais consecutivas, chegando a 2,1% no período. O relatório aponta que no início da Quaresma houve movimento de queda no valor da carne nos açougues e supermercados, chegando ao mínimo de R$ 16,84 (kg).

Porém, às vésperas da Páscoa, a média de preço praticada no varejo chega a R$ 17,19 (kg). Fábio da Silva, analista de Pecuária do Imea, ressalta que o aumento aconteceu baseado em uma expectativa de crescimento da demanda natural com o fim da Quaresma. Na avaliação do presidente da Asmat o consumo vai reaquecer em abril à medida que as chuvas reduzirem. Para Catena, o clima quente influencia diretamente na venda de carne no varejo, sobretudo para o churrasco de fim de semana.

Caso confirmada a expansão na demanda pelo alimento, Silva avalia que o preço deverá se consolidar, considerando ainda que a oferta também apresentou uma reação no levantamento iniciado nesta segunda-feira (25) a partir da escala de abate. Esse sinal de aumento de oferta será ou não confirmado no próximo boletim. “Sempre temos que olhar os 2 lados. Quando a oferta está aumentando e a demanda está voltando, há um equilíbrio. Mas se a demanda voltar acima, os preços tendem a subir”.

De acordo com o analista do Imea, apesar de Mato Grosso estar em plena safra de boi gordo, até a semana passada a oferta de animais para o frigorífico seguia sem alteração porque os pecuaristas tinham condições de pastagens favoráveis, que permitiam deixar o gado no campo à espera de um preço melhor.
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