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ArcelorMittal vê leve alta em consumo de aço longo no Brasil em 2013

Reuters

A área de aços longos da ArcelorMittal prevê crescimento lento no consumo de aços longos no Brasil em 2013, em meio à redução no ritmo da construção civil residencial e planos de infraestrutura do governo que ainda não surtiram efeito importante no setor.

A companhia, maior produtora de aço do mundo, trabalha com um cenário de crescimento da ordem de 3,5 por cento dos aços longos neste ano, após alta de 1,5 por cento em 2012, que havia ficado abaixo da expectativa de expansão de até 6 por cento.

Segundo afirmou à Reuters o presidente-executivo da ArcelorMittal Aços Longos Américas, Jefferson De Paula, as vendas de aços longos da ArcelorMittal no país cresceram 2 por cento no primeiro trimestre, desempenho ligeiramente melhor do que a estimativa inicial da empresa, de estabilidade no período.

"Dois por cento não é muito (...) Mas estamos esperando um crescimento maior até o final do ano. O ponto mais baixo vai ser o primeiro trimestre", disse De Paula.

A companhia conseguiu esse crescimento, mesmo após promover aumento de preços de 6 por cento em média no primeiro trimestre. Para De Paula, ainda é cedo para se pensar em novos reajustes. "A sobrecapacidade de produção no mundo é muito grande e os preços (de aço) ainda estão muito baixos no mundo inteiro."

No primeiro bimestre, o mercado de laminados longos encolheu 1,2 por cento no país, segundo o Instituto Aço Brasil (IABr).

"As medidas do governo para infraestrutura ainda não estão surtindo efeito, mas a partir de fevereiro, março, a indústria passou a demandar bem mais, enquanto a construção civil está igual ao ano passado (...) O segundo trimestre e o segundo semestre vão ser melhores", disse o executivo.

No restante da região que administra, De Paula afirmou que estima crescimento no consumo de aços longos de 4 por cento na América Latina em 2013, enquanto Estados Unidos e Canadá devem registrar altas de 2 a 3 por cento.
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