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Notícias / Agricultura

Comércio de café na Bahia também segue lento

Peabirus

As negociações são esporádicas, de acordo com a necessidade do produtor, segundo Ney Moreira Rocha, da corretora Cafemil . Na sua avaliação, os produtores não querem vender a esses preços. “Ele sempre acredita que [o preço] possa melhorar”.

Na semana passada, o café de boa qualidade era negociado a R$ 290 por saca, o despolpado por até R$ 315 e o grão de média qualidade valia R$ 270. Hoje, até agora, nenhum negócio foi fechado, conforme Rocha. O corretor afirma que existe uma quantidade razoável de café no mercado, o que poderia abastecer de 15 a 20 dias as indústrias locais caso este volume fosse comercializado.

Rocha também diz que as chuvas registradas neste mês deram otimismo aos produtores. A Bahia registra uma das piores secas de sua história, segundo representantes do setor agrícola.

A produção de café no Estado, que é o quarto maior produtor nacional do grão, é estimada entre 1,7 milhão e 1,8 milhão de sacas de 60 quilos, ante 2 milhões no ciclo 2012/13, também prejudicado pela estiagem. Não fosse o clima adverso, a Bahia poderia produzir até 2,7 milhões de sacas na nova safra, conforme projeções da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé).

Apenas o oeste da Bahia não sofre tanto com a seca, pois toda a produção é irrigada. Já Vitória da Conquista, que faz parte da região conhecida como “Planalto” (respondia por um terço da colheita estadual), foi uma das mais afetadas pela estiagem.
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