A afirmação foi do gerente de Oleaginosas e Pecuária da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Thomé Luiz Freire Guth, em uma palestra nesta quinta-feira, em São Paulo. Segundo ele, os preços do milho devem ficar abaixo dos R$ 10 por saca neste ano, devido à supersafra que está em curso, principalmente nas lavouras de Mato Grosso.

"As notícias que temos de Mato Grosso são muito boas. O clima está bom e a área é maior do que na safra passada. A tendência é ter uma produção cheia", comentou o gerente da estatal.

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A avaliação de Guth é que os preços atuais do cereal – na casa dos R$ 16,50 por saca em Lucas do Rio Verde e R$ 16 em Sorriso - devem cair cerca de R$ 8 a R$ 9 no pico da colheita, previsto para ocorrer em junho.

“É possível que os preços do cereal caiam abaixo do valor mínimo estabelecido do governo, o que reforçaria a necessidade de apoio [do governo], inclusive por meio de programas que subsidiam o transporte do produto”, falou na palestra.

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Atualmente o preço mínimo do milho para Mato Grosso é de R$ 13 por saca de 60 kg. A Conab estimou a safra total do cereal no ciclo 2012/13 em um recorde de 77,45 milhões de toneladas. O Estado de Mato Grosso deve contribuir com 13.2 milhões de t.

Guth comentou que, para minimizar uma provável queda acentuada nos preços, o governo federal estuda lançar a compra de quatro milhões de toneladas do grão no segundo semestre. "Nossa proposta é de compra através de contratos de opção de venda para recompor os estoques públicos", disse, acrescentando que o ideal seria chegar até a marca de cinco milhões de toneladas.

Atualmente, a Conab conta com estoque de 500 mil toneladas de milho em seus armazéns.