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Notícias / Agronegócio

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta ganha área para experimento em Alto Araguaia

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é o caminho para um modelo mais sustentável de produção, muito comentado na teoria, mas pouco executado na prática. Para eliminar essa distância, está sendo criado no município de Alto Araguaia (415 Km de Cuiabá) uma Unidade de Referência Tecnológica (URT) em ILPF.

De acordo com informações da Prefeitura Municipal, o ponto de partida para consolidação do projeto foi dado na última semana, com a doação de uma área de 85 hectares para concretização da URT.

Sistema de integração lavoura-pecuária-floresta completa uma década

A área fica a aproximadamente 8 km da cidade e foi doada pelo produtor José de Laurentiz Neto. Para o prefeito de Alto Araguaia, Maia Neto (PR), a URT será um benefício para toda a região, uma vez que vai permitir a diversificação das atividades econômicas no município.

O secretário da Semapa, Dimas Gomes Neto, afirma que com a implantação do projeto de ILPF Alto Araguaia tem tudo para se transformar em um pólo regional de tecnologia em solo arenoso, terreno característico na região. 

“É a primeira pesquisa da Embrapa com este tipo de solo. Beneficiará os 847 produtores. É um grande projeto da Embrapa em nosso município e que contempla os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, pois estamos na tríplice fronteira”, diz o secretário.

As atividades serão desenvolvidas através de parceria entre prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Semapa) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

Segundo explica o Mapa, a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) promove a recuperação de áreas de pastagens degradadas, agregando, na mesma propriedade, diferentes sistemas produtivos, como os de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia.

Busca melhorar a fertilidade do solo com a aplicação de técnicas e sistemas de plantio adequados para a otimização e a intensificação de seu uso.

Dessa forma, permite a diversificação das atividades econômicas na propriedade e minimiza os riscos de frustração de renda por eventos climáticos ou por condições de mercado.

A integração também reduz o uso de agroquímicos, a abertura de novas áreas para fins agropecuários e o passivo ambiental. Possibilita, ao mesmo tempo, o aumento da biodiversidade e do controle dos processos erosivos com a manutenção da cobertura do solo.

Aliada a práticas conservacionistas, como o plantio direto, se constitui em uma alternativa econômica e sustentável para elevar a produtividade de áreas degradadas.
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