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Notícias / Agronegócio

Grãos iniciam semana em alta e milho lidera os ganhos

Notícias Agrícolas / Carla Mendes

Na manhã desta segunda-feira (29), os futuros da soja operam com ligeiros ganhos no pregão noturno da Bolsa de Chicago. Por volta das 9h13 (horário de Brasília), os principais vencimentos da oleaginosa subiam entre 0,25 e 1,25 ponto, com o contrato maio/13 cotado a US$ 14,31. Já a posição julho/13, a mais líquida nesse momento, valia US$ 13,82. O milho também sobe, porém, registra ganhos bem mais expressivos, com os vencimentos mais negociados subindo mais de 10 pontos, com o contrato julho valendo US$ 6,30.

O mercado não traz muitas novidades, o que justifica o movimento pouco expressivo nas cotações da soja. Os investidores já conhecem o cenário atual de uma oferta norte-americana bastante escassa - que tem sustentado os preços principalmente no mercado interno dos EUA - e a demanda ainda muito ativa.

Paralelamente, o mercado aguarda as novas informações sobre o andamento da safra norte-americana e o desenvolvimento do clima nesse início do plantio. Na última semana, a evolução da semeadura foi bastante tímida em função de condições climáticas adversas.

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago encerraram o pregão regular desta sexta-feira (26) do lado positivo da tabela, após trabalharem no vermelho no início do dia. Ao longo das negociações as principais posições da commodity se recuperaram e fecharam a sessão com ganhos entre 4,75 e 9,75 pontos. O vencimento maio/13, referência para a safra brasileira, terminou cotado a US$ 14,30/bushel.

A escassa oferta de soja disponível nos EUA segue sustentando o mercado físico norte-americano, com reflexos sobre as cotações futuras em Chicago. Além disso, a demanda permanece pelo grão permanece aquecida e algumas regiões produtoras os prêmios são superiores a 100 pontos. Paralela a essa situação, os esmagadores e importadores competem pela oleaginosa com o receio de que os estoques no país fiquem em níveis ainda mais baixos.

“Os prêmios dão suporte ao mercado físico, e estão tentando originar soja nos Estados Unidos, no entanto, os produtores norte-americanos não querem comercializar o produto”, explica o analista de mercado da New Edge, Daniel D’Ávilla.

Frente a esse cenário ajustado, os contratos mais curtos ainda têm fôlego para repiques nos preços, segundo afirma o analista. Já os vencimentos de mais longo prazo são uma incógnita, uma vez que, o Brasil e a Argentina têm soja disponível, então a expectativa de uma grande na América do Sul e dos Estados Unidos tem pressionado esses vencimentos. No entanto, o desenvolvimento da safra norte-americana ainda dependerá de condições climáticas favoráveis.

“O próximo momento de grande alta ou de queda para o mercado será no verão americano onde as condições climáticas irão impactar os preços no mercado, por enquanto, vivemos de especulação e o mercado não se movimenta tanto”, diz D’Ávilla.

Na contramão desse quadro, os futuros do milho encerraram o pregão em queda na CBOT. Os principais contratos registraram perdas entre 1,25 e 7,25 pontos. O analista sinaliza que as previsões indicando uma melhora climática nos EUA, o que poderia favorecer o avanço na semeadura do cereal, pressionaram negativamente as cotações.

“A janela de plantio se fecha rapidamente até o dia 10 de maio é ideal para a semeadura. E na próxima segunda-feira (29) será divulgado novo relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e a expectativa é que o plantio tenha evoluído para 10% da área projetada, no mesmo período do ano passado o percentual era de 50%”, relata o analista.
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