Imprimir

Notícias / Agronegócio

Com clima adverso nos EUA, milho trabalha com forte alta em Chicago

Notícias Agrícolas / Carla Mendes

Os contratos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago operam com expressiva alta na sessão desta segunda-feira (29). Os ganhos nos principais vencimentos, por volta das 11h13 (horário de Brasília), eram de 16,50 a 20,25 pontos, justificados pelas condições de clima adverso nos Estados Unidos.

Ao contrário do que indicavam as últimas previsões, o cenário climático para o plantio do grão ainda preocupa e já começa a refletir nas posições negociadas em Chicago. As temperaturas nas principais regiões produtoras seguem baixas, há chuvas excessivas e ainda a previsão de geadas.

Já no mercado da soja, os futuros exibiam uma movimentação pouco expressiva diante da falta de novidades que possam dar um direcionamento aos preços. Os investidores e traders já conhecem o quadro de fundamentos - os quais seguem dando suporte às cotações - e agora aguardam por novidades sobre o andamento da nova safra dos Estados Unidos.

Frente a isso, por volta das 11h25 (horário de Brasília), os principais vencimentos subiam entre 1,50 e 4 pontos, após já terem operado em terreno misto na Bolsa de Chicago.

De acordo com Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, a soja opera com mais calma na sessão de hoje em função de o plantio nos EUA ainda contar com uma boa janela de tempo e uma possibilidade de melhor do clima. "Já no milho, normalmente, metade das lavouras já estariam plantadas essa semana, e como há indicativos de muita chuva essa semana e temperaturas ainda muito baixas, ainda devemos ver o plantio lento, deixando o processo todo atrasado".

Na tarde de hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga um novo boletim de acompanhamento de safra e os números deverão confirmar mais uma vez, segundo o analista, esse siginificativo atraso no plantio do grão, que, provavelmente, não deverá passar dos 10% da área enquanto deveria estar em cerca de 30%.
Imprimir