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Notícias / Economia

Pão de Açúcar eleva apostas na ViaVarejo para crescer em 2013

Reuters

Após driblar a desaceleração do setor de consumo em 2012, o Pão de Açúcar vai apostar neste ano na combinação de expansão orgânica e consolidação de operações para garantir um crescimento robusto, que deve ter as sinergias que terão a ViaVarejo como protagonista.

A maior varejista do país informou nesta terça-feira que planeja investir 2 bilhões de reais ao longo de 2013, sendo 1,5 bilhão na operação de alimentos. O desembolso previsto equivale a uma alta de 26,6 por cento ante o realizado no ano passado.

Também está programada expansão da área de vendas superior a 4 por cento neste ano, sendo que o segmento de supermercados deve ter crescimento de 6 por cento, enquanto as operações não-alimentares devem aumentar de 2 a 3 por cento.

"Estamos bastante otimistas para 2013... Esperamos um ano de crescimento robusto", disse o presidente-executivo do Pão de Açúcar, Enéas Pestana, em teleconferência nesta terça-feira.

A companhia já havia informado que deve abrir pelo menos 150 lojas em 2013, priorizando as regiões Nordeste e Centro-Oeste, e os formatos Minimercado Extra --loja que deve contar com 100 novas unidades neste ano-- e Assaí --bandeira de atacarejo para a qual estão previstas de 12 a 15 lojas novas em 2013.

Mas a estratégia de expansão traçada pela varejista passou a contemplar de forma mais ampla o ganho de sinergias provenientes da consolidação de ViaVarejo, que reúne Casas, Bahia, Ponto Frio e Nova Pontocom (comércio eletrônico).

Segundo executivos do grupo, um dos motores de crescimento da ViaVarejo é a expansão da bandeira Casas Bahia no Nordeste.

Após cerca de quatro anos, a compra de Casas Bahia e Ponto Frio pelo Pão de Açúcar foi aprovada neste mês pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), seguindo um acordo que prevê a venda de 74 lojas em 54 cidades.

"A aprovação do Cade é positiva e deve permitir melhor uso de ativos imobiliários, além de acelerar ganhos de margem", afirmou a equipe do JP Morgan, em relatório.
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