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Em apenas 3 bacias, leilão de blocos de petróleo arrecada R$ 1,7 bilhão

G1

O leilão de blocos de exploração de petróleo e gás da Agência Nacional de Petrlóleo (ANP), que acontece no Rio nesta terça-feira (14), já rendeu R$ 1,7 bilhão ao Tesouro Nacional até as 12h30, quando foram arrematados blocos em terra na Bacia do Parnaíba, blocos em águas rasas e profundas na Foz do Amazonas e na Bacia de Barreirinhas.

A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, estimou que o leilão pode render de R$ 2 bilhões a R$ 2,5 bilhões. "Prefiro ser comedida", disse.

Ela ressaltou o apetite das empresas por blocos em terra para exploração de gás, o que para ela antecipa o sucesso do primeiro leilão explusivo para gás não-convencional a ser realizado em outubro. Magda acrescentou que está satisfeita com a qualidade das empresas que se apresentaram para o leilão, principalmente as dispostas a explorar a foz do Amazonas.

"O Delta do Amazonas tem que ser furado mais produndamente, e em direção à Guiana Francesa as oportunidaes exploratórias se tornam mais fáceis. Mas a área é de correntes fortes e precisamos de empresas altamente qualificadas. Estamos satifeitos com as empresas que se apresentaram, são de grande porte, as maiores do mundo, todas aptas, disse.

Os blocos da Foz do Amazonas foram arrematados pelo consórcio Total E&P Brasil, Petrobras e BP EOC; OGX; BP OEC; Queiroz Galvão; e BHP Billiton.

Lobão defende participação de 30% da Petrobras no pré-sal
O ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, afirmou que é contra a retirada da participação da Petrobras em 30% das explorações no pré-sal.

"A Petrobras foi ouvida e concordou e tem condições de arcar com esse investimento. Se precisar ser capitalizada será", disse.

11ª rodada
A 11ª rodada acontece quatro anos depois da última. São leiloados 289 blocos, que equivalem a 155,8 mil quilômetros quadrados de área distribuídos por 11 bacias. Do total de blocos, 166 estão no mar, sendo 94 em águas profundas e 72 em águas rasas. Os outros 123 estão em terra.

Em entrevista no final de janeiro, o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Martins Almeida, disse que o governo espera arrecadar até R$ 10 bilhões com a 11ª rodada de leilão de blocos para exploração de petróleo e gás.

A realização da 11ª rodada foi aprovada em 2011 pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e aguardava, desde então, autorização da presidente Dilma Rousseff, o que ocorreu apenas em janeiro de 2013. O governo vinha adiando o leilão porque aguardava a aprovação da nova lei de rateio dos royalties entre União, estados e municípios.

Entidades de petroleiros, defensores dos atingidos por barragens e estudantes fizeram um protesto contra a rodada na porta do hotel onde acontece o leilão, em São Conrado, Zona Sul do Rio.

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