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Notícias / Meio Ambiente

Barrado no Congresso grupo de índios que pede demarcações e protesta contra Belo Monte

De Brasília - Vinícius Tavares

Cerca de 100 indígenas promoveram acompanhados de mulheres e crianças uma marcha em Brasília nesta quinta-feira (06) para reivindicar o fim das suspensões das demarcações de terras em todo o país. O grupo também quer o fim das operações da Usina de Belo Monte, em Rondônia, cuja construção está avançando sobre territórios considerados tradicionais pelos indígenas.

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Um grupo de lideranças indígenas do povo Terena, de Mato Grosso do Sul, se reuniu no início da tarde com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. O objetivo do encontro em Brasília era o de buscar uma solução para que os índios deixem as fazendas ocupadas na região de Sidrolândia (MS) e Aquidauana (MS) a, respectivamente, 70 quilômetros e 139 quilômetros de Campo Grande.

O terceiro alvo foi o Congresso Nacional. Assim que iniciaram a descida rumo ao Congresso, um grande aparato de segurança prontamente posicionou-se para evitar a entrada dos manifestantes. Policiais militares se uniram a seguranças da Câmara e do Senado e uma longa negociação passou a ser travada.

A chuva da tarde na capital ajudou a dispersar o contingente. Por fim, apenas um pequeno grupo de representantes pôde ingressar no Parlamento para negociar uma solução com os presidentes das duas Casas.

Ontem (5.6) índios da etnia munduruku foram recebidos pelo ministro Gilberto Carvalho e por representantes de cinco ministérios, da Funai e da CNBB. Os índios disseram que queriam ter sido ouvidos sobre a construção das usinas de Belo Monte, Tapajós e Teles Pires. “Fomos absolutamente claros com eles, dizendo que o governo não vai abrir mão dos seus projetos. Agora, o governo fará as correções necessárias para fazê-lo de forma adequada”, afirmou Carvalho.

Atualizada às 15h15
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