A bancada ruralista do Congresso Nacional articula movimento nacional de paralisação, agendado para ocorrer na próxima quinta-feira (14), com o objetivo de chamar a atenção da presidenta Dilma Rousseff e alerta-la para a possibilidade de uma guerra civil envolvendo produtores rurais e indígenas.

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Os parlamentares ruralistas afirmam que há interesses econômicos por trás das demarcações de áreas indígenas, em especial relacionados à mineração, segundo informações do jornal Valor Econômico. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) já encaminhou solicitação a todas as federações de agricultura de Estados em que há conflitos com indígenas.

Ex-prefeito de Sinop (MT), o Nilson Leitão (PSDB) lidera com outros ruralistas a pressão sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para que seja instalada a comissão especial da proposta de emenda constitucional (PEC) 215, que retira poderes da Funai, e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Funai.

"O que tem na parte de cima dessas terras não é nada perto do que tem embaixo. Tem muitos interesses por trás disso, muito ouro, muita região de garimpo", integrante da FPA e líder da minoria.

Segundo ele, praticamente nenhum indígena hoje vive da pesca e da caça. "É tudo massa de manobra. O governo dá passagem para eles fazerem manifestação. Tudo culpa do [Secretário-Geral da Presidência] Gilberto Carvalho, que tentar formar uma opinião no Brasil que é uma opinião dele."