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Notícias / Meio Ambiente

Pesquisadores apresentam projeto de sequestro de carbono à Seagro

Assessoria de Imprensa Seagro (TO)

Visando garantir a redução da emissão de carbono, por meio do não desmatamento e pela não degradação da floresta, o pesquisador da Universidade de Tecnologia da Suiça Tim Reutemann, e os membros do Instituto Ecológica Peterson Victor Sacconi e Eliana Pareja apresentaram na manhã desta segunda-feira, dia 10, projeto direcionado a produtores rurais do Tocantins. A reunião aconteceu na sede da Seagro – Secretaria da Agricultura e Pecuária, em Palmas, e contou com a presença do secretário executivo, Ruiter Padua, e diretores da pasta.

Buscando parceria do Governo do Estado, Reutemann explicou que a Noruega tem mais de US$ 1 milhão disponíveis para financiar projetos como esses e o Brasil, mais especificamente, o Tocantins, tem áreas que podem se enquadrar na implantação do projeto, que objetiva que áreas de não proteção ambiental sejam preservadas. O projeto utiliza o Sistema de Emissões Reduzidas do Desmatamento e da Degradação (Redd, sigla em inglês).

O pesquisador falou ainda da diferença entre o projeto atual de sequestro de carbono e os antigos, da década de 80. Dentre as vantagens desse, Reutemanm destacou a viabilidade econômica. “O agricultor receberá por não mexer naquela área que estava ali parada e esses valores podem ser investidos no restante da propriedade, garantir produção e aumento da produtividade”, disse.

O diretor de Agroenergia da Seagro, Luiz Eduardo Borges Leal, comentou a viabilidade do projeto, principalmente, por remunerar o produtor rural, principal responsável pela preservação ambiental. “O produtor é o que mais preserva, fiscaliza e paga sozinho essa conta”, argumentou.

Ruiter Padua também aprovou a ideia, no entanto, sugeriu que os pesquisadores contabilizem quanto de fato, a partir de uma simulação com a implantação do projeto, os produtores rurais poderiam ganhar. “Precisamos desses números para que possamos sentar junto aos produtores e assim discutir a viabilidade do trabalho no campo. Eles precisam ter segurança de que o projeto é mais viável em todos os aspectos”, destacou. Os pesquisadores se comprometeram em fazer o levantamento e apresentar à Seagro.

Carbono

O objetivo do Redd é pagar para manter as florestas em pé. O pagamento, por meio da venda de créditos de carbono, refletiria o valor do carbono armazenado nas florestas, ou nos custos ambientais advindos da extração de madeira e da ocupação agropecuária.

Essencialmente, trata-se em usar os créditos como "moeda" com a qual os países em desenvolvimento teriam estímulo para conter o desmatamento, enquanto os países ricos, ao investir nesses mecanismos, ajudariam a cumprir suas cotas obrigatórias de redução de emissões.
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