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Notícias / Agricultura

Pesquisadores apresentam trabalhos em lavouras de algodão com pragas resisitentes a herbicidas

Martha Baptista - Assessoria Ampa

O monitoramento de plantas daninhas resistentes a herbicidas em Mato Grosso será um dos temas abordados no Dia de Campo que acontecerá em Sapezal (480 km a noroeste de Cuiabá), no próximo dia 22 (sábado). Realizado pela Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA), pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e a Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro), o evento será uma oportunidade para pesquisadores e consultores compartilharem resultados de seus trabalhos com agricultores e seus colaboradores.

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Um dos trabalhos a serem apresentados é o do pesquisador Edson Andrade Júnior, desenvolvido por meio de uma parceria do IMAmt com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), e com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Iniciado na safra 2011/12, nas lavouras dos Núcleos Regionais Centro (região de Campo Verde) e Centro Leste (região de Primavera do Leste), o projeto de monitoramento começou a ser feito em outras regiões produtoras de algodão em Mato Grosso na safra atual (2012/13).

Segundo Andrade Júnior, o controle de plantas daninhas com uso de herbicidas é prática comum na agricultura e os produtores acabam depositando grande confiança no eficácia dos herbicidas, porém o uso indiscriminado desses produtos propiciou o desenvolvimento de muitos casos de resistência a tais compostos por diversas espécies de plantas daninhas. Há relatos na literatura científica sobre casos de plantas daninhas resistentes a herbicidas na cultura do algodoeiro em vários países e o Brasil tem hoje cadastradas 20 espécies de plantas daninhas resistentes a herbicidas, sendo cinco delas com resistência múltipla.

Edson Andrade Júnior defende a realização de ações na área da assistência técnica e extensão rural para a mitigação desse grande problema. Ele lembra que, embora Mato Grosso produza em torno de 50% do algodão brasileiro, os cotonicultores ainda não dispunham de um projeto de apoio com serviços de identificação de biótipos de plantas daninhas resistentes a herbicidas e recomendações para seu manejo, que é o objetivo do projeto ora desenvolvido em parceria pelo IMAmt, UFMT e Univag.

"Queremos difundir práticas de manejo para áreas com plantas daninhas resistentes, além de práticas de manejo para prevenir e/ou retardar o aparecimento de plantas daninhas resistentes em áreas onde ainda não estejam presentes.", acrescenta o pesquisador.

Estações

"Novas tecnologias nas variedades IMAmt e programa de Qualidade do Algodão", "Manejo de pragas no sistema de produção para o produtor de algodão", "Importância e potencial de Mato Grosso para o cultivo de oleaginosas" e "Monitoramento fitossanitário no algodoeiro em Mato Grosso" serão os temas abordados nas estações do Dia de Campo, distribuídas pela fazenda Carajás, de propriedade do Grupo Scheffer. O local de encontro para inscrições e formação dos grupos - e para o almoço - será o CTG Chama da Tradição (Avenida Antonio André Maggi, s/nº). O evento terá patrocínio do IBA e da Syngenta, que fará lançamento de produtos, e apoio do Grupo Scheffer.

Serviço

O que: Dia de Campo do Algodão
Quando: 22 de junho (sábado), a partir das 7h30
Onde: Fazenda Carajás em Sapezal.
Inscrições e formação dos grupos no CTG Chama da Tradição (Avenida Antonio André Maggi, s/nº)
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