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Notícias / Agronegócio

Falta de armazéns abala competitividade da cadeia agroindustrial em SC

MB COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL/ORGANIZACIONAL

As informações sobre a rede de armazenagem em Santa Catarina são incompletas e desatualizadas. Estimativas indicam que a capacidade estática de armazenagem é 4 milhões de toneladas para uma produção de 6,5 milhões de grãos, gerando um déficit superior a 50% das necessidades.

Precisamos estimular concretamente a ampliação da rede de armazéns através de linhas específicas de crédito para construção, compra de equipamentos e reforma de unidades existentes, além de incentivar a armazenagem na propriedade. Nesse aspecto, a OCESC reivindica a abertura de uma linha de crédito através do Pronaf, no Banco do Brasil e pelo sistema troca-troca do governo do Estado para a construção de armazéns dotados de silos-secadores. O único incentivo existente vem do governo do Estado que paga 50% das despesas com juros dos financiamentos.

Este é um investimento elevado cujo retorno é muito lento e os encargos financeiros são altos em face da sua natureza operativa. Apesar de sua importância para a política nacional de segurança alimentar, o negócio de grãos não produz retorno suficiente para pagar a construção de armazéns, razão pela qual tornam-se necessários prazos longos (20 anos) e juros compatíveis (3% ao ano). Isso justifica a criação de linha especial de crédito e de mecanismos compensatórios de tarifas para incentivar o investimento de implantação de estruturas de armazenamento que permitam a formação de estoques reguladores das safras que o Estado produz.

A falta de armazéns se constitui em um problema estrutural com profundos reflexos no nível de renda dos produtores. Como os armazéns disponíveis são insuficientes para receber a produção anualmente colhida, uma das alternativas para amenizar essa dificuldade é a exportação dos produtos, especialmente o milho, para posterior importação (geralmente pagando-se mais caro), pois o Estado é grande consumidor de grãos.

Precisamos neutralizar urgentemente essa deficiência que destrói a competitividade da cadeia produtiva agroindustrial barriga-verde.
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