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Notícias / Economia

Secretário acusa Governo Federal de prejudicar produtores rurais

Da Redação - Rodrigo Maciel Meloni

O secretário Estadual de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri) de Rondônia, Evandro Padovani, teve que intervir, durante esta semana, junto ao Governo Federal para evitar um desgaste maior do que o já existente entre produtores rurais do Cone Sul e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

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O representante do governador Confúcio Moura se reuniu em Brasília com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade, para pleitear um ajuste para os preços da safra recorde do milho safrinha no Estado. “A Conab comercializa no varejo a saca de 60 quilos de milho, com pagamento a vista ao preço de R$ 23,40 aos consumidores, isso é uma discrepância” denuncia Maria Madalena de Paula, presidente da Associação ASPROUNIÃO.

De Paula informa que adquire 1,9 mil kg de milho por mês para atender seus associados.

O governo atualmente paga R$ 15,12 a saca de 60 quilos, pelo sistema de opção de vendas com pagamentos para o mês de dezembro. Segundo os produtores, esta relação comercial só tem prejudicado os produtores e não cobre os custos de produção. Descontando os emolumentos cobrados pelo governo Federal à saca de milho caí para R$ 12,69.

Segundo a assessoria de imprensa da Seagri, os pequenos produtores rurais que necessitam adquirir milho na Conab, fortalecendo os grandes agricultores, também são prejudicados diante de uma política de preços incoerentes que enfraquece os dois lados. “Negociar com a Conab não é um bom negócio e para que não tenhamos prejuízo, o preço mínimo de opção de vendas deveria girar entre R$ 17,50 e 18,00”, comenta o produtor rural Jaime Bagato.

Em caso de emergência, se o produtor optar para receber em setembro a saca de milho baixa para R$ 11,43. “Por isso os produtores do Cone Sul do Estado não querem vender a vasta produção de milho safrinha para o Governo Federal”, esclarece Padovani.
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