Notícias / Agricultura
Dia de Campo antecipa debates do 9º Congresso Brasileiro do Algodão
Renê Gardim - assessor de imprensa do 9º CBA
As questões fitossanitárias do algodoeiro que estarão em foco no 9º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), em Brasília, em setembro próximo, começarão a ser discutidas neste final de semana durante o Dia de Campo, que acontecerá em Sapezal, Mato Grosso (cerca de 480 km a noroeste de Cuiabá).
Pragas podem causar quebra de R$ 40 bilhões ao agronegócio brasileiro
Pesquisadores apresentam trabalhos em lavouras de algodão com pragas resisitentes a herbicidas
Realizado pela Associação Mato-grossense dos produtores de Algodão (Ampa), pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e pela Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro), o evento contará com uma apresentação sobre as "Bases para o controle correto da Helicoverpa spp. nos algodoais de Mato Grosso" . Aspectos relacionados à identificação da lagarta, status atual de ocorrência em Mato Grosso, monitoramento, nível de controle e métodos de controle da praga serão abordados durante a participação do entomologista Miguel Soria, do IMAmt, no Dia do Campo.
Palestra irá discutir presença da Helicoverpa nas culturas de algodão e milho
"O produtor de algodão receberá informações importantes para que o controle da Helicoverpa spp. em algodoeiro seja realizado da maneira correta, evitando-se perdas na produção", antecipa Soria, que participou este ano de uma visita técnica à Austrália, país considerado referência no tema.
Em outra estação, o pesquisador Jean Belot, que atua como melhorista no IMAmt, falará sobre novas variedades (transgênicas e convencionais) desenvolvidas para melhorar a performance dos algodoais de Mato Grosso, enquanto o consultor Sérgio Dutra fará um balanço do Programa de Qualidade do Algodão.
Serão apresentadas duas novas variedades do IMAmt, que utilizam biotecnologia da Monsanto - Bollgard II e Roundup Ready Flex - e que proporcionam resistência a lepidópteros e ao glifosato. Quantidade expressiva de sementes dessas variedades, cujos nomes comerciais serão IMA 5672B2RF e IMA 5675B2RF, está sendo produzida para comercialização no final deste ano.
Outras variedades transgênicas, com tecnologia WideStrike, da Dow AgroScience, também serão apresentadas, no próximo sábado, assim como variedades convencionais com tolerância a nematoides e ramulária, que continuam sendo trabalhadas pelo IMAmt. O objetivo é incorporar essas tecnologias visando a sua comercialização em 2014 e 2015.
Os nematoides e a ramulária, dois dos principais problemas do cotonicultores mato-grossenses, também serão abordados na apresentação do fitopatologista Rafael Galbieri. O pesquisador apresentará dados preliminares a respeito da situação de nematoides em Mato Grosso além de medidas de manejo dessas parasitas em algodoeiro, como rotação de cultura e resistência genética. Também serão apresentados resultados de trabalhos sobre o fungo causador da mancha de ramulária, destacando sua grande variabilidade no Brasil e as possíveis implicações dessa informação no controle da doença no algodão.
Problemas nacionais
Na estação dedicada ao tema "Monitoramento fitossanitário no algodoeiro em Mato Grosso", o pesquisador Edson Andrade Júnior apresentará os resultados do trabalho sobre o monitoramento de plantas daninhas resistentes a herbicidas no Mato Grosso, desenvolvido em parceria pelo IMAmt, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Segundo Andrade Júnior, o controle de plantas daninhas com uso de herbicidas é prática comum na agricultura e os produtores acabam depositando grande confiança no eficácia dos herbicidas, porém o uso indiscriminado desses produtos propiciou o desenvolvimento de muitos casos de resistência a tais compostos por diversas espécies de plantas daninhas.
Todas essas questões estão muito presentes no dia a dia dos agricultores em praticamente todas as regiões produtores de algodão do País com maior ou menor gravidade. Por isso os problemas fitossanitários nas lavouras de algodão e o manejo de pragas no sistema de produção serão assuntos de destaque durante os dois dias dedicados à programação científica no 9º CBA, em setembro. Especialistas nacionais e internacionais abordarão temas tais como "Manejo integrado de nematoides", "Perdas por pragas e impacto sobre o custo de produção do algodão brasileiro", "A prática australiana no controle de Helicoverpa rmigera e H. punctigera: passado, presente e futuro" e "Insetos no sistema de produção" em mesas redondas e salas especializadas.
Pragas podem causar quebra de R$ 40 bilhões ao agronegócio brasileiro
Pesquisadores apresentam trabalhos em lavouras de algodão com pragas resisitentes a herbicidas
Realizado pela Associação Mato-grossense dos produtores de Algodão (Ampa), pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e pela Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro), o evento contará com uma apresentação sobre as "Bases para o controle correto da Helicoverpa spp. nos algodoais de Mato Grosso" . Aspectos relacionados à identificação da lagarta, status atual de ocorrência em Mato Grosso, monitoramento, nível de controle e métodos de controle da praga serão abordados durante a participação do entomologista Miguel Soria, do IMAmt, no Dia do Campo.
Palestra irá discutir presença da Helicoverpa nas culturas de algodão e milho
"O produtor de algodão receberá informações importantes para que o controle da Helicoverpa spp. em algodoeiro seja realizado da maneira correta, evitando-se perdas na produção", antecipa Soria, que participou este ano de uma visita técnica à Austrália, país considerado referência no tema.
Em outra estação, o pesquisador Jean Belot, que atua como melhorista no IMAmt, falará sobre novas variedades (transgênicas e convencionais) desenvolvidas para melhorar a performance dos algodoais de Mato Grosso, enquanto o consultor Sérgio Dutra fará um balanço do Programa de Qualidade do Algodão.
Serão apresentadas duas novas variedades do IMAmt, que utilizam biotecnologia da Monsanto - Bollgard II e Roundup Ready Flex - e que proporcionam resistência a lepidópteros e ao glifosato. Quantidade expressiva de sementes dessas variedades, cujos nomes comerciais serão IMA 5672B2RF e IMA 5675B2RF, está sendo produzida para comercialização no final deste ano.
Outras variedades transgênicas, com tecnologia WideStrike, da Dow AgroScience, também serão apresentadas, no próximo sábado, assim como variedades convencionais com tolerância a nematoides e ramulária, que continuam sendo trabalhadas pelo IMAmt. O objetivo é incorporar essas tecnologias visando a sua comercialização em 2014 e 2015.
Os nematoides e a ramulária, dois dos principais problemas do cotonicultores mato-grossenses, também serão abordados na apresentação do fitopatologista Rafael Galbieri. O pesquisador apresentará dados preliminares a respeito da situação de nematoides em Mato Grosso além de medidas de manejo dessas parasitas em algodoeiro, como rotação de cultura e resistência genética. Também serão apresentados resultados de trabalhos sobre o fungo causador da mancha de ramulária, destacando sua grande variabilidade no Brasil e as possíveis implicações dessa informação no controle da doença no algodão.
Problemas nacionais
Na estação dedicada ao tema "Monitoramento fitossanitário no algodoeiro em Mato Grosso", o pesquisador Edson Andrade Júnior apresentará os resultados do trabalho sobre o monitoramento de plantas daninhas resistentes a herbicidas no Mato Grosso, desenvolvido em parceria pelo IMAmt, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Segundo Andrade Júnior, o controle de plantas daninhas com uso de herbicidas é prática comum na agricultura e os produtores acabam depositando grande confiança no eficácia dos herbicidas, porém o uso indiscriminado desses produtos propiciou o desenvolvimento de muitos casos de resistência a tais compostos por diversas espécies de plantas daninhas.
Todas essas questões estão muito presentes no dia a dia dos agricultores em praticamente todas as regiões produtores de algodão do País com maior ou menor gravidade. Por isso os problemas fitossanitários nas lavouras de algodão e o manejo de pragas no sistema de produção serão assuntos de destaque durante os dois dias dedicados à programação científica no 9º CBA, em setembro. Especialistas nacionais e internacionais abordarão temas tais como "Manejo integrado de nematoides", "Perdas por pragas e impacto sobre o custo de produção do algodão brasileiro", "A prática australiana no controle de Helicoverpa rmigera e H. punctigera: passado, presente e futuro" e "Insetos no sistema de produção" em mesas redondas e salas especializadas.