A colheita do milho safrinha na propriedade do agricultor Nilson Fortuna, que fica em Sinop, no norte de Mato Grosso, ainda não começou. Mesmo assim, ele sabe que irá colher aproximadamente 80 sacas por hectare. O problema é a falta de lugar para guardar o grão.

“A nossa preocupação é levar esse milho para o armazém que já está pouco. Então, vai ter que vender abaixo do preço de custo. Tem que arrumar uma forma de escoar esse milho rápido, pensando na frente, na colheita de soja", diz o agricultor Nilson Fortuna.

De acordo com Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), atualmente as vendas do grão atingem 36% da safra. No ano passado, na mesma época, eram 54%.

O agricultor Adelmo Zuanazi, que plantou 2,1 mil hectares de milho em Sinop, não comercializou o grão. Apesar de ter armazém na propriedade, ele está preocupado. "A comercialização está muito lenta. Os preços oferecidos são muito baixos a gente está segurando para ver como o mercado se comporta no decorrer dos próximos meses”, diz.