Elizabeth Farina falou sobre a visão da indústria para o futuro do açúcar e etanol, e ressaltou a importância de todos os investimentos que já foram feitos, e possibilitaram a melhora na produtividade do setor. Segundo ela, somente em 2012, mais de 4 bilhões de dólares foram investidos em renovação dos canaviais no Centro-Sul. A evolução na colheita mecanizada também teve impacto na boa produtividade dos campos.

“Nós tínhamos uma produtividade em queda devido aos poucos cuidados com o campo, porém isso foi revertido em 2012”, afirmou.

Farina disse ainda que o futuro da indústria canavieira está nas mudanças que a indústria nacional tem sofrido, como a consolidação de usinas e novos investimentos, que antes eram em Greenfields e agora estão direcionados para capacidade de processamento, e na busca por eficiência e produtividade.

Áreas como a logística – transporte, armazenagem e principalmente os portos – e pesquisa e desenvolvimento da cana-de-açúcar receberam fortes investimentos, possibilitando muitos avanços, como por exemplo, a reestruturação do Centro de Tecnologia Canavieira. Até 2015 estima-se que os custos logísticos vão cair de 20% a 30%.

As mudanças estruturais no setor aumentaram e continuarão a aumentar a competitividade da indústria da cana nos próximos anos, expandindo a produção e indo de encontro com as demandas doméstica e global de açúcar e etanol.

Outro incentivo para o setor é a expectativa de que os preços de combustíveis fósseis não irão subir. Porém ainda são necessárias políticas públicas para o incentivo do etanol.

Para a confiabilidade e garantia de abastecimento, será necessário investir na diversificação geográfica de fornecedores e do comércio internacional de etanol.