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Notícias / Meio Ambiente

Povos e Comunidades Tradicionais pedem união para Conferência Nacional

MDA

 Mais de 150 representantes indígenas, quilombolas, extrativistas e de grupos tradicionais de todo o país participaram da Conferência Setorial Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais, em Brasília. O encontro, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural e Sustentável (Condraf) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) entre os dias 16 e 18 de julho, debateu questões e demandas estratégicas relacionadas aos segmentos presentes no evento.

A partir das conversas, foram formalizadas 40 proposições indicadas pelas comunidades tradicionais que serão levadas à 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (CNDRSS). O encontro setorial assegurou a paridade de gêneros, que é a garantia de presença numérica igual de homens e mulheres, e a cota de 20% para a juventude rural.

Segundo o coordenador-geral para Povos e Comunidades Tradicionais do MDA, Edmilton Cerqueira, a responsabilidade de organizar um evento nacional desse porte foi grande, mas realizada com sucesso. “A conferência teve êxito e superou as nossas expectativas em participações e debates. Houve um grau de responsabilidade e união muito grande entre todos os segmentos que compõem os povos e comunidades tradicionais. Saímos daqui fortalecidos”, comemorou.
Edmilton ainda afirmou que o dever do gestor público é o de se reunir com a sociedade civil para construir e ampliar políticas públicas que os beneficiem. “Temos o dever de ouvir quem estamos servindo. Esse é o primeiro passo para atender as demandas de quem precisa. A conferência serviu para isso: eles puderam fazer críticas construtivas e, ao mesmo tempo, apontaram rumos e caminhos para a superação de uma série de problemas históricos”, salientou o coordenador.

Sociedade Civil
Um dos presentes nos debates foi o presidente do Grupo de Trabalho da Amazônia, Rubens Gomes. O extrativista, de 53 anos, avaliou a conferência positivamente e disse que os caminhos da melhora para os povos e comunidades tradicionais são a preservação e a união. “Nenhum de nós está incitando práticas predatórias, e isso já é um grande avanço, estão todos com esse viés socioambiental. Se fizermos isso e nos unirmos ainda mais, será possível ter um grande resultado na conferência nacional”, ponderou.

A indígena Iranilde Barbosa seguiu os passos do colega e também colocou suas esperanças na junção de forças dos segmentos. Ela ressaltou a importância da conferência. “Nós pudemos colocar nossas ideias e propor soluções para a intervenção positiva do governo. Eu gostei bastante”, concluiu.

A 2° Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário está agendada para ocorrer em outubro, em Brasília, e vai discutir todas as proposições formalizadas nas conferências regionais e setoriais.
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