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Qualificação visa expandir cultivo de uva em MS

Portal do Agronégocio

Com a finalidade de qualificar a mão de obra na viticultura e diversificar a agricultura do Estado, 15 trabalhadores rurais vão a campo participar do curso Plantio e Manejo de Pomar – Cultivo de Uva, que será ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS – Sistema Famasul), entre 23 e 26 de julho, na Associação Água Boa, em Campo Grande.

Desenvolvida em parceria com o Sindicato Rural de Campo Grande, a capacitação inclui aulas teóricas e práticas que vão abordar aspectos da fruticultura, clima, qualidade do solo, variedades da fruta, tratos culturais e poda. No último dia do curso, serão repassadas aos alunos, tarefas práticas sobre o cultivo das variedades branca e rosa da uva Niágara.

“Ao contrário das variedades europeias, a Niágara é mais rústica e se adapta facilmente ao clima do Estado, com a possibilidade de ser plantada o ano todo”, afirma o agrônomo, João Moura Guimarães, instrutor do Senar/MS que viaja pelo interior do Estado repassando técnicas de adubação, seleção de mudas, colheita e comercialização da uva e outras frutas.

De acordo com o instrutor do Senar/MS, Carlos Alberto Salgueiro da Cunha Rosa, o principal entrave para o desenvolvimento da viticultura no Estado são os altos custos de implantação do parreiral. “Para aderir o cultivo de uva o produtor rural desembolsa em média R$ 70 mil por hectare. Por mais que o retorno seja positivo, o investimento é alto e a mão de obra especializada é escassa”, afirma o instrutor.

O investimento para o produtor rural sul-mato-grossense que optar pela viticultura inclui a compra de mudas, investimento em adubação, estrutura e mão de obra, que atualmente é procurada em outros estados. “Não é o clima que impede o aumento na produção e sim o custo de produção que chega a R$ 8 mil por hectare”, reforça Cunha Rosa.

Campo Grande, Jardim, Dourados e Bonito estão entre os principais municípios produtores de uva do Estado. E toda produção é comercializada internamente, sendo a maior parte consumida de forma in natura e o restante destinado à produção de vinho colonial, sucos e geleias.
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